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sábado, 14 de agosto de 2010

cqc

filho de juiz de futebol (tas, sobre marco luque)
filho de sérgio mallandro (idem)

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zoaram Deus


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comemorações exdrúxulas de times de futebol

jn

o serra é o loser

a marina é o mesmo que os outros dois

"eixo pra cá, eixo pra lá" (dilma)

plínio

"Carta aberta ao senador Eduardo Suplicy

"Meu caro Eduardo Suplicy: Temos uma longa amizade e um longo companheirismo político. Não me esqueço -e aproveito para agradecer publicamente- do corajoso apoio que você deu a minha candidatura a presidente do PT, numa hora em que isso iria lhe custar -como está custando agora- dificuldades com a oligarquia dirigente do partido.
Por isso mesmo, sei que você receberá estas palavras como uma contribuição sincera de um velho companheiro.
Levanto duas objeções à carta aberta que você enviou ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), publicada neste mesmo espaço na última sexta-feira, a propósito da destruição de mudas de espécies florestais em um centro de pesquisas da Aracruz, no Rio Grande do Sul.
A primeira é a invocação das ações de Gandhi e Martin Luther King Jr. como exemplos de ações não violentas que o MST deveria seguir. No entanto, a ação das mulheres do MST, na Aracruz, se enquadra perfeitamente na tradição das lutas desses dois mártires dos oprimidos. O que elas praticaram foi um ato de desobediência civil -uma ação que desafia a lei, a medida ou a omissão injustas sem incitar agressão a pessoas.
Em seus respectivos contextos, os atos de desobediência civil comandados por esses dois grandes líderes foram considerados inaceitáveis e escandalizaram as pessoas sérias, honestas, cumpridoras das leis.
Ora, o objetivo das ações de desobediência civil é precisamente este: desassossegar consciências tranqüilas, como um meio de fazê-las ver a responsabilidade que têm na manutenção de situações inaceitáveis, porém admitidas como normais e corretas. Trata-se de um gesto extremo para despertar sociedades anestesiadas, incapazes de ouvir os clamores do povo.
Vejamos, por exemplo, em que deu a marcha pacífica que os sem-terra realizaram em Brasília, no ano passado, a fim de pedir, de forma respeitosa e ordeira, a reforma agrária. Que resposta obtiveram do governo? Que solidariedade receberam da sociedade? Que noticiário deram os jornais?
A não-violência de Gandhi e Luther King não diz respeito às coisas, mas, sim, às pessoas humanas. Repare bem no próprio texto transcrito na sua carta aberta: Luther King diz que o protesto "não pode degenerar em violência física". Não há menção a causar prejuízos ao capital. Por acaso, o boicote do sal e do tecido inglês na Índia, o dos ônibus segregacionista no Sul dos Estados Unidos e tantos outros movimentos de desobediência civil em todo o mundo deixaram de causar enormes prejuízos materiais aos capitalistas?
Violência física não houve no ato das mulheres. Houve a destruição de mudas destinadas a implantar a monocultura florestal no Rio Grande do Sul.
Sem falar nos danos que esse tipo de agricultura causa ao meio ambiente, é preciso que todos saibam que se trata de uma forma de agricultura extremamente nociva à pequena agricultura. Poucos sabiam disso. Agora, com a cobertura que a imprensa deu ao episódio, todos ficaram sabendo. Nisso consiste a desobediência civil. É selvagem porque a realidade é selvagem.
Minha segunda objeção a sua carta aberta se refere à falta de uma outra carta aberta: aquela que teria de ser enviada à Aracruz, reclamando da destruição da aldeia indígena dos guaranis no Estado do Espírito Santo e falando sobre a ameaça que representa atualmente a monocultura da celulose para os pequenos agricultores.
Essa forma de violência, sim, se volta contra a existência física das pessoas, na medida em que destrói o ambiente em que essas pequenas unidades familiares podem sobreviver. No entanto, isso se faz daquela forma disfarçada, asséptica, que o capitalismo usa para dar uma aparência de racionalidade à destruição dos grupos humanos que perturbam o "progresso" -o outro nome da sua fome insaciável de lucro e de acumulação de capital.
Prezado Eduardo, o MST vive uma hora dificílima, porque o governo depositário de suas esperanças não tem coragem de realizar a reforma agrária nem de enfrentar as forças políticas que tentam criminalizá-lo, como estamos vendo com a CPI da Terra.
Sei o quanto você já fez pelo movimento e sei também o apreço e o respeito que os sem-terra têm por você. Seu artigo, contudo, embora obviamente contra sua vontade, fornece munição aos adversários. Peço que o reconsidere e que venha somar conosco na defesa incondicional dos legítimos interesses dos trabalhadores rurais sem terra.
Por que não enviar uma carta aberta ao governo, a fim de exigir a publicação dos índices atualizados de produtividade da terra? Isso permitiria acelerar a reforma. Caso a reforma fosse acelerada -você o sabe tão bem quanto eu-, as pacíficas e extraordinárias mulheres do MST não seriam compelidas -como estão sendo- a realizar gestos extremos a fim de chamar a atenção da sociedade para o drama que vivem há muito tempo."
(PLÍNIO DE ARRUDA SAMPAIO. Folha de SP, 24-03-06)

plínio (na folha)

à brasileira

Memória seletiva Em busca de novo mandato, Renan Calheiros (PMDB-AL) conta no site da campanha que o "ápice" de sua carreira se deu em 2005, quando foi eleito presidente do Senado. Nenhuma palavra sobre o fato de ter renunciado ao cargo para não ser cassado.
(Renata Lo Prete. Folha de SP, 14-08-10)

Tem joguinho?
Da plateia do debate, o secretário da Educação de São Paulo, Paulo Renato Souza (PSDB), mandou mensagem pelo celular: "Eu [estou no] debate da Band. Um saco". Enquanto o marido estava na bancada, Lu Alckmin, no seu aparelho, anotou nome de colírio e compromissos como "pagar o INSS". (Mônica Bergamo, Folha de SP, 14-08-10)

Pacto da mediocridade
Um dos obstáculos que o eleitor brasileiro enfrenta para conhecer melhor os candidatos que pedem seu voto decorre da quase inexistência de oportunidades em que os políticos sejam submetidos a perguntas minimamente inteligentes.
(Cláudio Weber Abramo, Folha de SP, 14-08-10)

simão

"O sensacionalista disse que o Plínio Arruda foi ao Jornal Nacional pedir a abolição da escravatura. Rarará!" (José Simão, Folha de SP, 14-08-10)