novo blog

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

cinema (texto)

Hollywood e boa parte da mídia contemporânea (televisão, TV a cabo, jornais, revistas, internet...) tentam insistentemente nos convencer de que cinema é puro entretenimento, sem grandes conseqüências. Mas existem outros pontos de vista que, embora minoritários, nos permitem descobrir que podemos aprender muito até mesmo com a distração.

Nos anos de 1930, quando a multiplicação das imagens ainda não havia invadido todos os espaços públicos e privados, o filósofo alemão Walter Benjamin escreveu num ensaio famoso que o cinema era muito importante porque tinha uma tarefa histórica: mudar a nossa percepção da realidade, fazendo-nos ver, com as máquinas, como elas estavam transformando a vida cotidiana e toda a vida social. Segundo ele, tal mudança em nossa percepção se opera por meio do choque: “Compare-se a tela em que se projeta o filme com a tela em que se encontra o quadro. Na primeira, a imagem se move, mas na segunda, não. Esta convida o espectador à contemplação; diante dela, ele pode abandonar-se às suas associações. Diante do filme isso não é mais possível. Mal o espectador percebe uma imagem, ela não é mais a mesma. Ela não pode ser fixada, nem como quadro nem como algo real. A associação de idéias do espectador é interrompida imediatamente com a mudança da imagem. Nisso se baseia o efeito de choque provocado pelo cinema, que, como qualquer outro choque, precisa ser interceptado por uma atenção aguda. O cinema é a forma de arte correspondente aos perigos existenciais mais intensos com os quais se confronta o homem contemporâneo. Ele corresponde a metamorfoses profundas do aparelho perceptivo, como as que experimenta o passante, numa escala individual, quando enfrenta o tráfego, e como as que experimenta, numa escala histórica, todo aquele que combate a ordem social vigente.”

Para o filósofo, a experiência do cinema é, portanto, uma operação de risco que nos ensinaria a ficar atentos, como a que o indivíduo corre nas ruas das metrópoles ou que correm os revolucionários na luta social. Em poucas palavras: com um tratamento de choque, o cinema interceptaria os pensamentos habituais do homem moderno, ensinando-o a “ler” a sua realidade. No cinema este faria o aprendizado da vida na nova sociedade.

Setenta anos depois, seria o caso de nos perguntarmos se o cinema ainda pode ser visto como uma terapia de choque atuando nesse sentido. Isto é, se ainda tem um potencial revolucionário capaz de impactar nossa experiência e nos fazer aprender. Como professor de sociologia da tecnologia que utiliza o cinema em suas aulas, só posso dizer que sim. Mas minha terapia de choque é um pouco diferente da de Benjamin: quero chocar os estudantes para arrancá-los de sua exposição passiva à onipresença da mídia, levando-os a descobrir não o que se pode fazer com as imagens, mas o que elas fazem com a gente; quero que tenham uma outra experiência das imagens: não o choque da distração, mas o da concentração, da atenção voltada para a relação entre os homens e as máquinas produtoras de imagens.

Minha questão é: como fazer os jovens de 20 anos perceberem que, ao contrário do que pensam, sua percepção não é natural, mas construída pelo contínuo fluxo de imagens industrializadas? Em meu entender, a melhor maneira é criando um intervalo dentro da cabeça deles, isto é, mostrando-lhes filmes que rompem com o esquema dominante e discutem o papel da tecnologia em nossas vidas. Trata-se, em suma, de deslocar o olhar do espectador, para que ele, em vez de mero receptáculo de imagens, experiencie a aventura de pensar com elas e, eventualmente, contra elas.

(SANTOS, Laymert Garcia dos. Práxis 5: ensaios – paz, cidadania, cultura, violência, liberdade, trabalho, educação pública. Com apresentação de Roberto Romano. Textos originalmente publicados na Revista E do Sesc São Paulo, em setembro de 2002. São Paulo: Sesc São Paulo; Lazuli, 2003. pp. 23-24.)

arapiraca, na Folha de SP

A internet estatal

BRASÍLIA - A discussão sobre a internetbras no país sintetiza a falta de compreensão atávica da realidade incrustada em certos bolsões de pensamento no PT.
O Brasil, como se sabe, é um dos países nos quais se cobra um dos preços mais altos do planeta pelo acesso à rede mundial de computadores. Para completar, o serviço é de péssima qualidade. Esse ambiente ocorre por causa do capitalismo mesozoico no setor.
O leitor que já usou internet no Brasil sabe: é mais fácil lotar o Morumbi com torcedores do Asa de Arapiraca do que achar alguém que nunca tenha experimentado em casa um infortúnio com o acesso à web. O serviço é interrompido sem aviso prévio. Empresas vendem planos de acesso de 10 giga, 20 giga, 100 giga e não entregam nem a metade desse tipo de conexão. É um faroeste completo.
Com regulação e fiscalização eficazes, os embusteiros seriam expelidos. Empresas sérias cobrariam o valor real pelo serviço. Haveria competição verdadeira, sob regras impostas pelo poder público.
Lula não se interessou em produzir esse tipo de regulação. Petistas graúdos passaram a gestar uma solução estatal, o Plano Nacional de Banda Larga: acesso à web por R$ 35 ao mês. Como?
O governo montará uma grande rede (em parte já instalada). Colocará os cabos à disposição de provedores, cuja contrapartida será oferecer serviço bom e barato.
Dilma Rousseff emitiu sinais a favor da ideia. A presidente eleita pode estar bem-intencionada, mas talvez devesse refletir mais.
Haverá de saída uma guerra interna no PT para dominar esse novo naco do governo. Ao mesmo tempo, a pouca ou nenhuma regulação sobre os provedores privados atuais tende a diminuir.
A energia gasta com a internetbras seria mais bem empregada impondo regras rígidas ao setor. Mas aí não haveria cargos para a companheirada em nova estatal.

(Fernando Rodrigues, Folha de SP, 27/12/2010)

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz2712201004.htm

ponte preta

"Sou um sujeito que torço para o time da minha cidade. Não tenho essa ilusão de comprar um produto que passa na televisão. Quem é de Ribeirão e torce para um time da capital é apenas um consumidor à distância, não tem identidade."

http://www1.folha.uol.com.br/esporte/851570-torcedores-de-times-centenarios-ou-quase-do-interior-de-sp-resistem-a-falta-de-titulos.shtml

WikiLeaks

Militar que ajudou WikiLeaks está em condições 'desumanas'


As condições carcerárias de Bradley Manning, o soldado americano acusado de vazar ao site WikiLeaks milhares de documentos secretos do departamento de Estado, são "desumanas" e sua saúde física e mental estão se deteriorando, afirmou uma pessoa próxima ao soldado, nesta quinta-feira.
"Parece evidente que a saúde física e mental de Manning estão se deteriorando", escreveu David House no blog Firedoglake.
De acordo com House, um analista de sistemas que visita o acusado duas vezes por mês, as condições carcerárias de Manning em prisão de Marines em Quántico, no estado da Virgínia, são "rigorosas e desumanas", apesar do que o Pentágono afirma.
O departamento de Defesa afirma que o ex-analista, de 23 anos, está detido sob um regime de segurança máxima, mas não recebe um tratamento diferente dos demais presos. Este tipo de encarceramento permite ao recluso apenas sair de sua cela uma hora por dia para realizar exercícios físicos.
Manning dispõe de dois lençois e cobertores que não podem se romper para evitar que se suicide, uma medida tomada por "precaução", ainda que não receba uma vigilância especial por isso, segundo o Pentágono.
House garantiu que as declarações do departamento são "claramente contraditórias" com as que Manning lhe fez, depois de visitá-lo no sábado e domingo. De acordo com sua versão, Manning não pode sair ao pátio da prisão há quatro semanas e, por isso, não está realizando exercícios físicos.
"Quando mencionei o comunicado do Pentágono que garante que ele pode fazer exercícios, ele respondeu que é verdade, se caminhar com correntes for considerado uma forma de fazer exercícios físicos", afirmou House.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

grandes momentos da religião


Agora sim eu entendo de onde veio essa expressão popular!

http://neoateus.blogspot.com/

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

fernando gonzales

(FSP, 23/12/2010)

não veja

FAlha de São Paulo

23 dezembro 2010

Como vocês devem imaginar, não foi fácil para o Estadão publicar um petardo contra sua compadre da Barão de Limeira. O jornal quis cortar o trecho em que Assange referia-se à Falha, mas o pessoal do WikiLeaks que acompanhava o Assange não deixou. Tinha uma exigência clara de não se vetar nenhuma das partes da entrevista, segundo confirmação de fontes do próprio Estadão. Uma vez impedido de censurar a censura, a direção do jornal dos Mesquita teve que travar um saboroso e constrangedor diálogo com a direção da Folha, diálogo esse que eu pagaria mil reais para ouvir uma gravação. O resultado foi a publicação do trecho da Falha mais o box-outro lado da Folha, aquele texto risível em que o jornal do Otavinho nega a censura (disponível apenas para assinantes). Não sei porque, mas ver a Folha repetindo freneticamente “Eu não censurei!”, lembra aquele personagem do Casseta & Planeta que, dentro de uma sauna gay, rodeado de marmanjos e só de toalha, bradava “Eu não sou gay!”.

(http://desculpeanossafalha.com.br/)

*

leia a entrevista de Assange em: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20101223/not_imp657267,0.php

*

Em uma entrevista concedida ao Estadão ontem, Julian Assange, fundador do WikiLeaks, citou o caso do blog satírico FAlha de São Paulo para defender a liberdade de expressão.

“Entendo a importância de proteger a marca e temos sites similares que se passam por WikiLeaks. Mas o blog não pretende ser o jornal e acho que deve ser liberado. A censura é um problema especial quando ocorre de forma camuflada. Sempre que haja censura, ela deve ser denunciada”, disse Julian ao jornalista Jamil Chade.

O site FAlha de S Paulo foi retirado do ar por ordem da justiça paulista, após o jornal Folha de S Paulo entrar com processo por uso indevido da marca. O site humorístico satrizava o maior jornal do país.

Ontem a organização Repórteres sem Fronteiras pediu que a Folha de S Paulo retire o processo, dizendo que o jornal se “engrandeceria” ao tomar esta atitude.

O jornal nega que tenha censurado o conteúdo do site – diz que o problema é o nome parecido e o logo da Folha.

(http://cartacapitalwikileaks.wordpress.com/)

(postagens de 23/12/2010)

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

SATAN CLAUS (resultado)

Infelizmente, não foi desta vez que conseguimos derrubar o site da globo. Precisamos de mais voluntários, para tirá-lo do ar nos dias de votação de BBB. Até lá, um novo ataque, com alvo mais modesto, está sendo organizado.

SATAN CLAUS

Os testes que fizemos com HOIC hoje, foram um SUCESSO!
Derrubamos um site com apenas 10 pessoas atacando!

Configuração do HOIC para HOJE AS 14H - Horário de Brasília

ALVO: http://g1.globo.com/
POWER: High
BOOSTER: Dutchfreedom.com
THREADS: 30

*Desliguem tudo, MSN e Navegador, deixem o HOIC rodando livremente. Se ele sobre-carregar e fechar, mudem os parâmetros para menos.

Procurem pelo TUTORIAL HOIC aqui na comunidade
Lá tem o link para download.

Boa Sorte!

*

Para baixar o LOIC e HOIC (muito mais poderoso)
Não vai sair do ar pois o server é meu lol

é só clicar nesses links:

LOIC - http://db.tt/v9V624P
HOIC - http://db.tt/62bvF9p

(do orkut)

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

latinas

Lucrum sine damno alterius fieri non potest (Publílio Siro)

"O lucro de um não pode existir sem o prejuízo de outro"

ATEA

Ateu é a mãe

Morreu pagã, sem receber o batismo das ruas, a campanha publicitária contra o preconceito que a Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (Atea) previa para este mês.
Com frases como "se Deus existe, tudo é permitido"; "a fé não dá respostas, só impede perguntas" e "somos todos ateus com os deuses dos outros", foi recusada em São Paulo, Salvador e Porto Alegre, as três cidades do país em que estava programada.
Aqui, como na Austrália, foi vetada pelas empresas de ônibus, que estampariam os outdoors ambulantes. Nenhuma quis meter a mão num vespeiro que envolve fé e religião.
Menos mal que a censura não tenha vindo do governo, como na Itália. Pena ter perdido a oportunidade de despertar a polêmica vivida na Inglaterra e Espanha. Sem entrar no mérito do conteúdo, a campanha poderia jogar os holofotes no postulado que prega a superioridade moral daqueles que creem em algum deus.
Estimados em 2% ou 3% da população, os ateus foram, ao longo dos tempos, uma minoria silenciosa e quase invisível. Invisibilidade conveniente, tendo em conta a inquisição sociorreligiosa que fez -e faz- da condição um insulto.
Mas a minoria descrente cansou de apanhar em silêncio.
Há dois meses, quando Frei Betto escreveu na Folha que os torturadores da ditadura eram ateus militantes, choveram protestos à ombudsman, no "Painel do Leitor", em blogs. Curioso é que os sem deus entraram no artigo como Pilatos no Credo, uma menção lateral num texto cujo intuito era atestar a religiosidade da candidata Dilma Rousseff.
O frade dominicano tentou explicar depois, em entrevistas, seu conceito de "ateu militante", mas a emenda não colou -retórica à parte, por crença ou obrigação religiosa, seu discurso só ajuda a reforçar a ladainha de que o mal é monopólio de quem não crê.
Ironicamente, é o mesmo ponto de vista do apresentador José Luís Datena, que em seu programa de TV tascou na conta do ateísmo a existência de crimes hediondos, bandidos, estupradores e assassinos. E elaborou: "Ateus são pessoas sem limites, por isso matam, cometem essas atrocidades. Pois elas acham que são seu próprio Deus".
Que duas figuras tão ideologicamente distintas comunguem o mesmo preconceito simplório revela o quanto ele está arraigado. E convém ressaltar que elas são só duas vozes do coro, mas o mantra é de uso geral e consagrado.
A campanha publicitária dos ateus e agnósticos era a chance de desafinar, levando às ruas mensagens que a maioria religiosa provavelmente encararia com desconforto ou até como ofensa pessoal. Seria no mínimo divertido assistir. Com muita sorte, poderia até ser educativo.
(Vera Guimarães Martins. Folha de SP, 19/12/2010)
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz1912201006.htm

WikiLeaks na Folha de SP (19/12)

No domingo, novamente NENHUM artigo das páginas 2 e 3 sobre WikiLeaks. NENHUMA carta de leitor sobre o assunto, ao contrário do que me havia informado por e-mail o editor do Painel do Leitor na última quinta-feira (Sr David, é que as cartas não têm sido muito criativas sobre esse assunto, mas a pergunta de domingo geralmente eu guardo para assuntos de destaque. Domingo teremos outra sobre o WikiLeaks. Abraço, Tedesco .) A 'pergunta da semana' foi sobre os bingos. Nem nas 'Tuitadas' aparece o assunto.
A Ombudsman também não tocou no assunto, em sua coluna semanal.

sábado, 18 de dezembro de 2010

WikiLeaks na Folha de SP (18/12)

A palavra 'WikiLeaks' não aparece NENHUMA vez na Folha de SP de hoje, 18/12, embora a charge da página 2 seja, de novo, sobre Assange.
Por que fazer charge num espaço tão destacado do jornal, se o assunto não tem NENHUMA importância, já que não é sequer mencionado no restante do jornal??

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

WikiLeaks na Folha de SP (17/10)

EUA procuram prova de conspiração
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/ft1712201004.htm
(única referência ao WikiLeaks hoje na FSP!)

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

WikiLeaks na Bolívia

Enquanto o Brasil faz de conta que nada está acontecendo, o vice-presidente da Bolívia, Álvaro García Linera, "matemático e sociólogo, "colocou na página oficial da Vice-Presidência os despachos sobre seu país" (Folha de SP, 16/12).

A seguir, o jornalista da FSP tenta desviar o foco dos EUA para forçar uma possível tensão entre Brasil e Bolívia (porque, num dos telegramas, o idiota do Nelson Jobim disse que Evo Morales tinha um tumor no nariz, o que não era verdade), o que dá pra entender apenas com a entrevista completa publicada no site, e não no jornal:

"O importante desses documentos é como os governantes norte-americanos elaboram sua espionagem e suas políticas sobre outros países. Tomam decisões a partir de rumores, de comentários de sobremesa, de boatos, muitas vezes de anedotas.
O que surpreende é que uma potência elabore políticas de Estado a partir desse tipo de informação tão imprecisa, tão superficial. E o que chama a atenção é que os informes dos embaixadores e dos membros do Departamento de Estado sejam marcados pelos preconceitos, pela obsessão intervencionista, especialmente em relação a alguns países."
(http://www1.folha.uol.com.br/mundo/846390-eua-fazem-espionagem-decadente-diz-vice-presidente-da-bolivia.shtml)

WikiLeaks na Folha de SP

Ontem escrevi para o 'Painel do Leitor', da Folha de SP, reclamando que o jornal não estava dando a atenção necessária ao WL. Rapidamente o editor me respondeu, dizendo que eu esqueci UMA carta de leitor, do último domingo. E prometendo para hoje a publicação de UMA carta sobre o assunto, ao lado das indefectíveis reclamações contra os políticos brasileiros (agora por causa do aumento de salário) que não mudam absolutamente nada, pois já foram eleitos todos de novo (e agora mais o Tiririca, pra ajudar) e esse lero-lero contra eles já vem de décadas...

"A Força Aérea dos EUA bloqueou os sites de jornais para seu público interno ("Força Aérea dos EUA bloqueia sites que divulgaram documentos do WikiLeaks", Folha.com , 14/12).
Isso não configura censura à imprensa? Não é cerceamento à liberdade das pessoas em busca de notícias? Claro que sim! Então por que a nossa mídia não denuncia com destaque? Por que o ato vem dos EUA? Mas quando vem do Irã, de Cuba, da Rússia ou da Coreia do Norte toda a imprensa tupiniquim esbraveja histericamente.
JEFERSON MALAGUTI SOARES (Belo Horizonte, MG) "

*
Ora, por que a matéria sobre a censura nos EUA saiu no site e não saiu no jornal impresso???

Hoje, no jornal, houve umas 3 matérias sobre o assunto (um recorde!), todas apenas apresentando detalhes há muito sabidos de quem vem acompanhando o caso. Novamente, nenhum dos articulistas das páginas 2 e 3 tocou no assunto.

*
até tu, nelson de sá??

única nota da coluna No Ar sobre WL, compara-o a bin Laden:
Wikiterrorista? Glenn Greenwald, colunista da Salon que mora no Rio, foi o primeiro a apontar a semelhança da "estratégia" de Julian Assange com a de organizações terroristas. Ou seja, "provocar os EUA a fazer coisas ruinosas". Repercutiu no "NYT", com Richard Wright resssaltando que é como Osama bin Laden e outros, "ele quer que seu inimigo responda autodestributivamente à provocação".


WikiLeaks (blog)


HQ de Kellysson Bruno, sobre WL
http://kellyssonbuh.blogspot.com/

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

WikiLeaks na Folha de SP

Na FSP de hoje, uma única carta sobre o WikiLeaks: de José Serra (!!!!), esclarecendo que nunca se reuniu com a empresa Chevron...
Além disso, no jornal INTEIRO, apenas uma notinha sobre 'Assange consegue fiança, mas continua preso'...
O engraçado é que, apesar do jornal deliberadamente ignorar o assunto, Angeli publicou a charge abaixo (muito fraca, por sinal) na página 2. Ou seja, como é que o 'caso WikiLeaks' merece uma charge de Angeli na p.2, e NENHUM artigo, análise, NADA, DE NOVO, no restante do jornal??

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

fernando gonzales

(Folha de SP, 14/12/2010)

WikiLeaks na Folha de SP

Desde o início do 'Caso WikiLeaks', a Folha de São Paulo não publicou NENHUMA 'carta de leitor' no seu espaço dedicado a isso. Causa estranheza o fato de que NINGUÉM tenha se interessado em comentar os escândalos vazados. Ou será que o jornal (um dos únicos no mundo que tem o privilégio do acesso aos documentos) tem evitado o assunto??
Ontem foram CINCO comentários redundantes sobre 'violência no rj', hoje, novamente, nenhuma carta.
*
A única e solitária carta de leitor publicada que trata do assunto é esta (publicada no domingo, 12/12):

"Se o WikiLeaks tivesse divulgado os gastos sigilosos do governo Lula, feitos com cartões corporativos e que passam bem longe do portal de transparência que está na internet, o presidente estaria defendendo com tanto ardor Julian Assange, o fundador do site que revelou documentos secretos do governo americano? Eni Maria Martim de Carvalho (Botucatu, SP) "

Ela, na verdade, é apenas panfleto contra Lula, e não a favor do WL.

*
Além disso, em seu importantíssimo espaço de opinião, nas páginas 2 e 3, em que atuam os chamados 'formadores de opinião', NENHUM dos autores sequer mencionou o Wikileaks.
*
(Houve ontem, inclusive, uma carta de um suposto ateu, criticando a campanha de divulgação da ATEA nos ônibus, e elencando 'ateus famosos', como "Stálin, Mao, Fidel, Pol Pot, Prestes...". O leitor da FSP Milton Akira ainda afirma que eles 'nem ateus eram', já que "tinham o marxismo como religião." Ora, por que a FSP escolheu publicar exatamente ESTA carta, de um suposto ateu, CONTRA a organização dos ateus?? E por que citar ESTES ateus famosos, e não outros como Darwin, Freud e tantos, tantos outros??)

***

No entanto, segue abaixo trecho final do Editorial de sexta-feira, 10/12:


"O caráter ambíguo do WikiLeaks, aliado à sua inexistente tradição -não há histórico consolidado de seus valores e comportamentos-, gera desconfiança sobre a possibilidade de o site vir a colocar em risco a segurança internacional e a vida de pessoas.
Essas incertezas possivelmente contribuem para as hesitações que se observam em setores que deveriam defender com vigor a liberdade de expressão e o direito da mídia, tradicional ou não, de divulgar informações reservadas.
Quanto a isso, há jurisprudência nos EUA, onde a Suprema Corte, em 1971, decidiu a favor do jornal "The New York Times" contra o governo de Richard Nixon, que determinara censura prévia para impedir a publicação dos chamados Papéis do Pentágono. O tribunal estabeleceu que o governo não pode obstar a publicação de notícias que considere lesivas à segurança ou aos objetivos nacionais.
Num mundo em que governos democráticos inventam mentiras para invadir países, vazamentos como os do WikiLeaks prestam um serviço ao esclarecimento e à verdade. Se a diplomacia exige sigilo, que seus responsáveis o mantenham com eficiência."
(http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz1012201001.htm)

Engraçado que um editorial assim não tenha chamado a atenção de NENHUM leitor.

WikiLeaks, o recuo?

“A divulgação do Cablegate pelo Wikileaks está sendo usada por centenas de canais jornalísticos e grupos de ativistas ao redor do mundo.

Existem agora mais de 1.300 telegramas em domínio público, e outros centenas de milhares estão para ser divulgados.

Como em toda história dessa magnitude, o caso está sendo usado tanto por governos quanto por jornalistas: o governo iraniano condenou a Wikileaks como uma organização de fachada dos Estados Unidos; os governos da China e da Rússia sugeriam que Julian Assange fosse premiado com o Nobel, enquanto Israel recebeu bem as notícias do Oriente Médio que revelam como muitas nações compartilham receios a respeito do regime nuclear do Irã.

Alguns dos jornalistas, governos e ativistas que estão escrevendo sobre o material dos telegramas das embaixadas têm percepções extremas sobre vários assuntos. Essas percepções não são as percepções do Wikileaks.

A Wikileaks é uma organização dedicada à transparência e à prestação de contas, e a permitir que whistleblowers (informantes) possam fazer com que governos e corporações prestem contas sobre o que fazem de errado.

Esse é o único propósito da Wikileaks, que vamos continuar a buscar incansavelmente”.

(http://cartacapitalwikileaks.wordpress.com/)

WikiLeaks

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

WikiLeaks (Brazil)

A cidade de Brasília seria vulnerável a potenciais atentados terroristas nos quais aviões seriam usados como armas, revela neste domingo, 12, um telegrama da embaixada dos EUA no Brasil em 2009, assinado na pelo então embaixador americanos Clifford Sobel. O documento foi publicado pelo site WikiLeaks.

A capital estaria vulnerável porque os procedimentos para fechamento do espaço aéreo foram desenvolvidos com foco nas vastas áreas do Norte do País para combate à ação de aeronaves traficando drogas, e não para coibir potenciais ataques às cidades.

(http://justiceforassange.blogspot.com/)

movimento zeitgeist

é difícil de acreditar, mas o site da mastercard.com está fora do ar. são 5 da manhã. os outros sites estão entrando normalmente, embora mais lentos.
*
pelo orkut, descobri o http://movimentozeitgeist.com.br/. Leiam a parte de 'Ensaios'!

há também um movimento de resistência (http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=962723), com 22.000 membros!
*
este vídeo pró-wikileaks foi retirado do youtube :
http://www.youtube.com/index?ytsession=AtDpZnlSOCh2_70aPVqX78lPswjmc4t3CG9AGfIpDlQQNQxilQU5LjrYymu7ALKG52BJ2WQcXysGBXOixdY_P2xH376y4Juk-RjyHsJE6Zav-Qdd1QY7hGP2xU306ZCr0OqUQqvmse9GnR_nWVvD6k5wsOx-UqFXm3cZkrGd1lI2p7P2TSmbcz4oiuXxxt0LhTw7Of6F3Bs5JgUL8MmnhBHaPOdO1RqpCDc9kPdX17ioyAUeCz3fqjPPyJlWqmbXUP33Z5NAm5_4IoFeuLVleIBgTVwQOVKF5-9xdU4De6YmACfjsOjnQQ96TEELPOza_jK0Y0HQStEbuNbIdog9DGsvEXh2uDU-YFogq2mUf8e7iDR25Df0WUVH39-y9JUP2g1nlflFGFqeCr_YaP4eNIicmedKJiJiPKZswskm1U8hLDZ0mWXr1hwe2Db6uzpc

*
vídeo de 2 horas do movimento zeitgeist
http://video.google.com/googleplayer.swf?docid=-1437724226641382024&hl=pt-BR&fs=true

WikiLeaks (13/12/2010)

http://www.youtube.com/watch?v=pHPRxkBZptA&feature=topvideos

primeira guerra cibernética!

ATEA

Dia do orgulho ateu

É um costume antigo escolhermos um dia do ano para celebrar aquilo que achamos importante. Além das datas de eventos históricos relevantes, existe um extenso calendário de dias com motivos religiosos, além de datas cívicas e comerciais para lembrar pessoas, profissões, atividades e idéias. Como resultado, todos os dias do calendário têm coisas a serem comemoradas, com graus de mérito bastante variáveis.

Reconhecendo esse fato, grupos minoritários há muito vêm lançando datas para marcar sua luta pela igualdade e pelo respeito, e contra o preconceito e a discriminação, como é o caso do dia da Consciência Negra e o dia do Orgulho Gay. À peimeira vista, a palavra orgulho pode parecer fora de contexto, mas ela é uma tradição sólida entre as minorias, ao menos desde que se começou usar a expressão black pride (orgulho negro) nos Estados Unidos, há mais de quarenta anos. A ela se associou um dos slogans fortes da época, "I'm black and I'm proud" (sou negro e tenho orgulho disso), eternizada em 1968 pela homônima canção de James Brown.

Nesse contexto, falar em orgulho não é uma maneira de se dizer superior, apenas uma maneira de afirmar que não somos inferiores. Falar em orgulho é importante quando existe uma idéia socialmente difundida de que a sua identidade é intrinsecamente negativa e deve ser motivo de vergonha. Esse é o caso dos negros, é o caso dos homossexuais, e também o caso dos ateus. Falar em "orgulho ateu" é dizer que temos orgulho de sermos quem somos. É dizer que nosso ateísmo é uma parte integrante de nossas posições perante o mundo, e que é uma vergonha que muitos de nós se sintam obrigados a esconder sua identidade para serem plenamente aceitos em seu círculo familiar, social ou profissional. É dizer que os ateus também são cidadãos e merecem, sim, respeito.

Cabe lembrar aqui uma importante distinção entre pessoas e idéias. Muitos ateus entendem que algumas crenças religiosas, ou todas elas, não merecem respeito. E isso é um direito deles. Há idéias que simplesmente não são respeitáveis, como a de que negros são inferiores, ou a de que a Terra é plana -- embora possamos, é claro, discordar de quais idéias exatamente não são respeitáveis. Da mesma maneira, os religiosos podem crer que o ateísmo não é uma posição respeitável, no sentido de que ela não se sustenta, não corresponde à verdade ou coisa similar. Mas isso é coisa muito diversa de dizer que os ateus não merecem respeito, o que é tão errado quanto dizer que os cristãos não merecem respeito.

Já existe uma comunidade no Orkut dedicada ao dia do orgulho ateu, onde se votou por estabelecer o dia do ateu em 12 de fevereiro, aniversário de nascimento de Charles Darwin, o eminente biólogo que deu uma das mais significativas contribuições isoladas ao conhecimento humano, que ao mesmo tempo o impeliu do cristianismo ao agnosticismo. É claro que essa escolha pode ser criticada, e há várias outras opções. Mas isso não importa. Em última análise, a escolha de um dia é perfeitamente arbitrária e qualquer parte do calendário é tão boa quanto as demais.

O importante é trazer o assunto à discussão, na sociedade e na imprensa. É termos um dia para refletirmos e fazermos refletir, para falarmos com amigos e lhes enviarmos mensagens de email, para sair do armário e parar de sentir vergonha, para lembrar que você não está sozinho e que existem pessoas como você lutando por um mundo melhor.

Ações de calendário

Assim como o dia do orgulho ateu, há outras propostas ligadas ao calendário para as pessoas que não têm religião. Judeus e muçulmanos, por exemplo, têm seu próprio calendário, e não é difícil entender por que é difícil de aceitar um calendário que celebra a crença de que o universo surgiu magicamente há menos de dez mil anos, como é o caso da cronologia judaica. Esse é um erro de um milhão de vezes, semelhante a imaginar que a distância daqui ao Sol é de 150 quilômetros, ao invés de 150 milhões de quilômetros. Mas isso não os impede de continuar celebrando, e a mídia de continuar cobrindo o fato regularmente sem qualquer menção crítica.

Por que então não deveríamos criar o nosso próprio calendário? Essa é a idéia do Universal Atheist Calendar, que propõe como zero o início real do universo como o conhecemos, há cerca de 13 bilhões de anos. Existem outras propostas como a Darwin Era, que se baseia no ano de publicação da primeira edição da Origem das Espécies, em 1859. Há muitas outras alternativas, é claro.

Seja qual for o calendário, ele pode comportar as mais diferentes celebrações seculares. Uma das possibilidades é o Newtal, a comemoração do nascimento de Newton, no dia 25 de dezembro. Podemos continuar usando a árvore, mas pendurando maçãs para nos lembrarem da lenda sobre a formulação da lei da gravitação universal. E deixar uma cópia da sua obra-prima, Philosophiae Naturalis Principia Mathematica, aberta logo abaixo, para nos lembrar de grandes conquistas intelectuais da humanidade. Já existe até uma comunidade do orkut dedicada à data, que surgiu originalmente em países de língua inglesa como Newtonmas.

(http://atea.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=81&Itemid=94)

ATEA

10/12/2010 16h35min: A empresa responsável pela veiculação em Salvador entrou em contato com a Atea informando que não iria cumprir o contrato assinado com a entidade, temendo ação do Estado e dos empresários de ônibus. A Atea estuda ação legal.

10/12/2010 18h10min: A Atea recebeu a informação de que a veiculação em Porto Alegre também foi barrada. A informação ainda precisa ser confirmada.


A CAMPANHA DOS ÔNIBUS CHEGA AO BRASIL

A partir do dia 13 de dezembro de 2010, ônibus com mensagens a respeito de ateus, ateísmo e religião circularão em duas capitais brasileiras.

A iniciativa da Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos apresenta quatro mensagens que expõem um pouco do que pensam os ateus. É mais um passo dado pela entidade para o reconhecimento dos descrentes na sociedade como cidadãos plenos e dignos. São 10 ônibus em Porto Alegre, financiados por um único doador paulista que prefere permanecer anônimo, e 5 ônibus em Salvador, financiados com recursos da entidade e outros doadores.

A campanha dos ônibus não procura fazer desconversões em massa. Nossos objetivos são conseguir um espaço na sociedade que seja proporcional aos nossos números, diminuindo o enorme preconceito que existe contra ateus, e caminhar rumo à igualdade plena entre ateus e teístas, que só existe quando o Estado é verdadeiramente laico - o que está muito, muito longe de acontecer.

(http://atea.org.br)

violência no rj (plínio)

Lobão (na MTV) pergunta a Plínio o que ele faria para resolver o problema da violência do tráfico no RJ:

“O tráfico é lavagem de dinheiro. Eu atacaria a avenida Vieira Souto (dos bancos, em vez de mandar tanques de guerra para os morros).” (Plínio de Arruda Sampaio)

Policial carioca diz que as UPPs são uma iniciativa da sociedade, e não da polícia (kkk)

“É a criminalização da pobreza. É o festival da babaquice na mídia, transformar isso numa Cruzada. É a Cruzada da Violência.” (Plínio)

(mtv.com.br/debate)