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domingo, 8 de maio de 2011

mestrado da vida

(erd filmes)

grandes momentos da política brasileira

beijo gay

evitaram usar a palavra "homem" nas opções, que são conservadoras;
a televisão é mais conservadora que o stf: até juízes idosos e responsáveis já estão liberando o casamento gay, e na tv isso ainda é um dos maiores tabus do universo.
http://arapongasrockmotor.blogspot.com

ciclo de palestras e debates sobre a adolescência


questão de lógica


Sabendo que São Francisco (Frisco) é uma das cidades com ar mais puro dos EUA, explique o motivo de tantas mortes por doenças respiratórias.

Relações de Pornopopéia a Grande Sertão: Veredas.

- Zeca é “jagunço letrado”, como Riobaldo (Walnice);

- escritos em primeira pessoa, com narrador que semidialoga com interlocutor problemático;

- Zeca é o Riobaldo cômico, do qual podemos rir ao reconhecer nossa imperfeição, “personagem sem superego” (como diz o autor), ao contrário do sertanejo em eterna nóia (velhice) ou do cangaceiro enrustido e forte (juventude).

filmes recentes

dois ótimos filmes assistidos esta semana:

1) Defendor (com Woody Harrelson). Excelente filme de super-herói desviante, com acompanhamento psiquiátrico e tudo, muito engraçado e tocante. Na linha 'Heróis Muito Loucos' (em que há o impagável 'Ventoso', cuja arma secreta é o pum mais fedorento do universo), mas com a profundidade psicológica sobre o papel do herói já delineada em 'Watchmen';

2) Mary e Max - uma amizade diferente. Animação 'baseada numa história real', que retoma motivo de 'Nunca te vi, sempre te amei - 84 Charing Cross' (com Anthony Hopkins), e mesmo o mais recente 'Mens@gem pra Você'. No entanto, a relação epistolar entre o solitário velhinho americano e a menina australiana de 8 anos ultrapassa e muito seus predecessores, além da beleza dos desenhos computadorizados.

Tanto um como o outro suscitariam bons debates com turmas de Psicologia.

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e um terceiro hoje, domingão:
3) O Alucinado (Luis Buñuel). Uma aula sobre a 'personalidade paranóica' de um sujeito, aparentemente normal, mas que, depois q se casa com uma bela jovem, passa a se atormentar com delírios de ciúme doentios. Vemos muito claramente a sua luta contra a loucura, quando chora várias vezes aos pés de Glória, mas logo em seguida retoma com furor maior a perseguição à esposa.

enciclopédia jagunça (epígrafes)


“Na Grécia não havia bondes, felizmente. 
“Aqui a coisa é diferente. Sempre o ruído, o medonho ruído que estraga a suavidade dos idílios. É o grito importuno dos vendedores ambulantes; é o automóvel monstruoso a resfolegar, a bufar, a urrar, terrível, os olhos sinistramente estrábicos, brilhando na treva – um amarelo, outro verde” (Graciliano Ramos. Linhas Tortas: obra póstuma. 3ª. ed. Rio de Janeiro: Record; São Paulo: Martins, 1975, p.22 [originalmente publicado no jornal Paraíba do Sul, RJ, 29 de abril de 1915])

cine-rock 7 (07/05/11) (relato)

Ontem, 07/05, apenas uma dúzia de pessoas se aventurou ao centro da cidade, para assistir o filme sobre o Kurt Cobain. O filme tem um tom melancólico que o percorre desde o início, com um longo travelling aéreo sobre uma cidade, desde o mar, enquanto escutamos a voz do falecido líder do Nirvana, em off, sem nunca vermos seu rosto, apenas no final, quando, junto com uma legenda escrita é contado que Kurt se suicidaria um ano após a gravação das entrevistas, e são mostradas algumas fotografias da banda em ação e de seu cantor. Creio que não há músicas do Nirvana na trilha, mas apenas sons de bandas que o líder da banda curtia, ou admitia como influência.

Além de estarmos em reduzido número (e dos restos da euforia pelo time de futebol da cidade ter conquistado o campeonato estadual, pouco mais cedo), mesmo tendo, pela primeira vez conseguido fazer o filme começar no horário marcado – eram 19:02 quando finalmente o dvd foi solto, ao contrário das outras vezes, em que ficamos esperando chegar mais público para começar, o que já atrasara o início da exibição em pelo menos uma hora, outras vezes – por volta de 20:00 começaram a entrar pessoas que visivelmente nada tinham a ver com o filme exibido, muito menos com a música em geral: estavam lá esperando a sessão seguinte, com Brasileirinhas, cujo cartaz já estava afixado na bilheteria do cinema.

Uma dessas pessoas (todos homens, na casa dos 50 anos e mais), talvez embriagado, xingou em voz alta durante os 20 minutos finais, gritando que ‘aquilo’ (o filme sobre Kurt Cobain) ‘não era filme’, ‘isso não é cinema’, incomodando os poucos que havíamos nos atrevido a sair de casa para ver ou rever o belo filme de AJSchnack. Felizmente, ninguém respondeu ao cidadão, e todos saímos em paz para nossos destinos posteriores (acho que nenhum ‘dos nossos’ ficou para conferir o Brasileirinhas da vez, que, por seu lado, tinha um cartaz de propaganda até bem interessante).

Mesmo assim, o incidente faz-nos compreender que o papel do Cine-Rock, ali no Cine Triunfo, nos sábados à noite, parece estar chegando ao seu fim, tanto no sentido de ter cumprido sua finalidade, como no de término de atividades mesmo. Foram colocados em contato pessoas e universos distantes: tanto de alguns dos amantes da música e do cinema da cidade, que nunca haviam, entretanto, adentrado a sala de exibição, como especialmente aproximando a Universidade Federal de Alagoas do proprietário da última sala de cinema no interior de Alagoas. 

Feitos os contatos preliminares, cumpre agora a UFAL, através de sua Pró-Reitoria de Extensão, conversar com os proprietários do local, e ver da possibilidade concreta de uma parceria em regime de comodato que vise adequar o local para exibições regulares e diárias, com programação própria feita pela academia, voltada para as famílias arapiraquenses.

Ainda assim, programei, para a provável última sessão do Cine-Rock, o filme ‘Botinada: a origem do Punk no Brasil’, para o próximo sábado, 14/05, coincidindo aliás com o Festival de rock Maionese 2011, em Maceió, acreditando que o público poderá ser ainda menor (eu, pelo menos, tentarei estar também na capital, ao menos no sábado, já que sexta aqui é dia de aula normal. Programação em http://popfuzz.com.br/headline/festival-maionese-2011/), embora vá, pessoalmente, continuar a divulgar o filme agora também em mais guetos roqueiros, com filipetas baratinhas (confio muito mais no convite real de papel que no virtual, via Twitter, Orkut etc), para chamar a atenção inclusive dos citadinos que não curtem nem música nem cinema, para o problema da sala do Cine Triunfo, que precisa ser ajudada devidamente pelo poder público (no caso, o Federal, já que o município, como reza sua Agenda21 (ver comentários no blog www.filosofandonacopa.blogspot.com), se comprometeu a não fazer nada pela Cultura em Arapiraca até 2018.

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“Eran tantos los que faltaban, que, si falta uno más no cabe.”
(FERNÁNDEZ, Macedonio. “Para una teoría de la humorística”. In: Papeles de Recienvenido: continuacción de la nada. Buenos Aires: Editorial Losada, 1944, p.242.)

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publicado no blog http://ufalprocinema.blogspot.com/

platão, banquete



Platão. O Banquete, 209a. Acima, a ótima tradução recente (embora confunda 'os negócios do Estado' com a 'administração dos bens privados', quando o orginal diz muito claramente 'te kai', 'e'); abaixo, a tradução canônica do prof. Cavalcante: 'organização dos negócios da cidade e da família', e cujo nome é prudência e justiça (phrônesis te kai dikaiosýne). Mas na nota 135, a tradução de 'euporeî' por 'enriquece' também fica estranha hoje.