novo blog

quinta-feira, 29 de julho de 2010

nanini

“honestidade só não basta” (lineu, sobre a candidatura de agostinho; depois, dá uma aula sobre voto consciente, cidadania etc.)
“está tudo errado! está tudo errado!” (lineu, na propaganda política que foi ao ar sem querer)
“foi lá na televisão e falou o que o povo quer ouvir” (carlão, explicando a lineu o sucesso do bordão ‘tá tudo errado’)
*
mas nada como assistir ao odorico paraguassu em O Bem-Amado (Guel Arraes, 2010), sabendo que o collor tem toda chance de ser o próximo governador de alagoas
as oligarquias utilizando a democracia como tabu, para perpetuação no poder

collor

Fernando Collor xinga jornalista da IstoÉ e diz que vai "meter a mão na sua cara".

Por Eduardo Neco/Redação Portal IMPRENSA

O senador e ex-presidente Fernando Collor de Mello (PTB-AL) ligou para a redação da sucursal de Brasília (DF) da revista IstoÉ, na tarde desta quinta-feira (29), e ameaçou esbofetear o jornalista Hugo Marques por conta de uma nota na edição de 21 de julho sobre o pedido de impugnação da candidatura do político alagoano.

"Quando eu lhe encontrar, vai ser para enfiar a mão na sua cara, seu filho da puta", vociferou Fernando Collor após explicar ao repórter o motivo de sua ligação. (Ouça a gravação)

http://portalimprensa.uol.com.br/portal/ultimas_noticias/2010/07/29/imprensa37198.shtml

joão carlos martins

"A COPA DO MUNDO DE BACH E A DE FUTEBOL

Passei parte deste mês de julho como jurado do 17º Concurso Internacional J. S. Bach, organizado pelo Bach Archive, que se realiza a cada quatro anos em Leipzig, na Alemanha. Essa instituição fantástica, criada logo após o término da Segunda Guerra, além de manter um museu que preserva a memória do Mestre Kantor, promove dezenas de eventos da mais alta qualidade todos os anos.
Evidentemente, me sinto honrado de pela segunda vez estar no júri, pois nestes últimos 50 anos sempre me dediquei como pianista, e agora como maestro, para ter um brasileiro na história dos intérpretes de Bach. Cerca de 350 candidatos de até 32 anos, entre piano, cravo e violino, se inscreveram. Destes, 150 foram selecionados por vídeos para as provas ao vivo.
O início da competição coincidiu com a última semana da Copa do Mundo. Nela, quatro seleções sul-americanas estavam nas quartas de final. No concurso, nenhum sul-americano dentre os selecionados.
Quando você é informado da importância da música em vários países asiáticos, ocupando já o primeiro lugar na inclusão social, acima do esporte, e diminuindo a criminalidade em regiões carentes, a missão de um músico deve ultrapassar as salas de concertos, sem abandoná-las, e atingir as periferias das cidades, que raríssimas vezes têm oportunidade de conviver com esse maravilhoso universo.
Ao final da competição, conversei com vários candidatos, 40% deles asiáticos, muitos de famílias pobres que integram a evolução cultural dessa região. Na China, milhões de jovens estudam piano; como exemplo, cito um concurso realizado em Hong Kong, do qual participaram mais de mil candidatos, desde os 4 até os 21 anos.
No avião de volta, comecei a refletir e a pensar novamente na Copa do Mundo, em que nossos jogadores, tratados como semideuses, estavam mais preocupados com seus contratos internacionais. Ao mesmo tempo, numa volta ao passado, fui me lembrando de vários músicos brasileiros que levaram tantas vezes, por ideais, o nome de nosso país ao exterior.
Felizmente, soube que no âmbito federal iniciou-se um embrião de projeto musical para o qual voluntariamente dei alguns palpites, afinal, já fiz 70 anos.
Ao que tudo indica, o projeto terá três objetivos: formar profissionais que certamente terão espaço para exercer o seu ofício; dar oportunidade para jovens terem a música como instrumento de paz, amor e solidariedade no seu dia a dia; e, finalmente, a formação de novos públicos.
Somente democratizando a cultura em todas as regiões atingiremos metas que poderão nos dar orgulho.
Projetos como a Sinfônica de Heliópolis e os Meninos do Morumbi podem mudar a realidade de toda uma comunidade.
Da nossa parte, nós, os músicos da Bachiana Filarmônica Sesi-SP, corremos os CEUs da Prefeitura de São Paulo, unidades da Fundação Casa e pequenas cidades do interior de São Paulo, Minas e Espírito Santo, onde educamos cerca de mil crianças e jovens.
Isso sem esquecer de levar nossa bandeira para os grandes palcos do mundo, tais como o Lincoln Center de Nova York, que receberá 45 jovens e 25 profissionais da nossa Bachiana, com Arthur Moreira Lima ao piano, no dia 19 de setembro.
Não custa sonhar, e quero viver para ver o nosso Brasil disputar, não esporadicamente, com asiáticos, americanos e europeus os principais concursos de música por este mundo afora, e, ao mesmo tempo, ver a criminalidade diminuir, inclusive com a ajuda da música.
Por outro lado, se voltarmos a ser campeões do mundo no futebol, melhor ainda!"

(Folha SP, 29-07-10)

a televisão

“Parei de ver televisão. Parei de vez, definitivamente, nenhum programa, nem mesmo de esporte. Parei há pouco mais de seis meses, no fim de julho, logo depois do fim da Volta da França. Como todo mundo, assisti tranquilamente à transmissão da última etapa do Tour de France no meu apartamento em Berlim, a etapa de Champs Elysées, que acabou com um sprint de Ouzbèke Abdoujaparov, depois levantei-me e desliguei a televisão. Revejo claramente o gesto que fiz então, gesto muito simples, fácil, mil vezes repetido, meu braço que estica e aperta o botão, a imagem que implode e desaparece da tela. Acabou, nunca mais assisti à televisão.
O aparelho ainda fica na sala, está abandonado e desligado, não toquei nele desde então. Com certeza ainda funciona, bastaria apertar o botão para ver. É um televisor clássico, preto e quadrado, que fica sobre um suporte de madeira laqueada composto por dois elementos, uma tábua e um pé, o pé com forma de um fino livro negro, aberto na vertical, como se fosse uma censura tácita. A tela, de uma cor indefinível, profunda e pouco atraente, para não dizer verde, é levemente convexa. O receptor, que tem do lado um pequeno compartimento para os diferentes botões de comando, é encimado por uma grande antena em forma de V, bastante parecida com as duas antenas de uma lagosta, oferecendo aliás o mesmo tipo de pega, se fosse o caso de se pegar o televisor pelas antenas e mergulhá-lo numa panela de água fervendo para se ver livre dele de modo ainda mais radical.”
(TOUSSAINT, Jean-Philippe. A Televisão. Trad. Ângela Vianna. SP: Ed. 34, 1999. p.7)
voltei pra cá porque o nome é mais legal

vitória e santos

sorriso amarelo – o robinho comemorou antes de a bola entrar e não foi gol
incrível a cavadinha do neymar!
no final do jogo, o juiz não viu o lance e brigou com o cara que implicou com o neymar
‘aqui foi um auçaupão, lá vai ser um caldeirão’ (júnior)

a primeira-dama no jornal da globo com cara de quem tá detestando isso de campanha, enquanto o marido falava alguma coisa sobre alguma coisa

em são paulo uma câmera de tv flagra um assalto etc.
um dos indivíduos veio de metralhadora
um pm foi baleado na perna e um passante está no hospital