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quarta-feira, 30 de março de 2011

amor bandido

"Jussara Gomes, uma catarinense de 60 anos, graduada em História e Geografia, correspondeu-se durante três anos com Francisco de Assis Pereira, conhecido como o Maníaco do Parque. Ele cumpre pena no presídio de Itaí, a 290 quilômetros de São Paulo, acusado de torturar, violentar e matar oito jovens, entre 1997 e 1998. Casaram-se por procuração em 2005. Encontram-se só no parlatório, já que Francisco não tem autorização para receber visitas íntimas. Esses encontros, no entanto, não são tão freqüentes como ela gostaria. "Eu pedi para ela não vir. Acho que há outras coisas a serem priorizadas, como minhas causas jurídicas", explicou Francisco em entrevista ao jornal Diário de S.Paulo em 2005.

Sobre Jussara, sabe-se apenas que ela conheceu o Maníaco do Parque quando, já na condição de criminoso, ele ganhou as manchetes dos jornais e da TV. Sua dedicação a um assassino serial, no entanto, ilustra o que se convencionou chamar de "amor bandido". Pouco se sabe também sobre essa modalidade de paixão, que mobiliza tantas mulheres a percorrerem centenas de quilômetros e a se colocarem enfileiradas durante horas nas portas dos presídios, em troca de alguns momentos ao lado de um homem condenado pela justiça por crimes violentos - muito deles contra mulheres -, mas a quem elas chamam de "meu amor".

No dia 3 de janeiro deste ano, em uma cerimônia simples e sem que os noivos pudessem se tocar, já que estavam separados por um vidro, a estudante de Direito Cynthia Giglioli da Silva, de 30 anos, casou com Marcos Willians Camacho, o Marcola, líder da facção criminosa PCC, de 38. A noiva, parentes, a escrivã e o juiz chegaram às 10 horas ao presídio de segurança máxima de Presidente Bernardes, no interior de São Paulo, a bordo de viaturas policiais. O casal namorava havia mais de oito anos e Cynthia esteve presa, em 2005, acusada de ter recebido uma mesada de R$ 15 mil do tesoureiro do PCC. Marcola cumpre pena de 44 anos de prisão por roubo a bancos.

A população carcerária de São Paulo é de 58.056 presos, 82,2% de sexo masculino, a grande maioria entre 18 e 34 anos. De acordo com as estatísticas da Secretaria da Administração Penitenciária do Estado de São Paulo, 56% são casados e 21% recebem visitas íntimas uma vez por semana.

Nos dias de visitas, as mulheres se aglomeram na porta dos presídios espalhados por todo o Estado. "Metade delas não acredita que o objeto da sua paixão tenha cometido o crime a ele atribuído. A outra metade afirma gostar deles mesmo assim", diz Gilmar Rodrigues, roteirista da TV Globo, que entrevistou 40 mulheres, esposas, namoradas ou apenas "pretendentes" de prisioneiros condenados por crimes seriais de estupro ou homicídio. O resultado dessa pesquisa está reunido no livro Amor e Morte - Mulheres dos Jacks, que será publicado em abril. O nome "Jacks" do título remete ao famoso assassino serial inglês, Jack, o Estripador, mas, no caso, refere-se ao "apelido" atribuído a essa modalidade de criminoso nas prisões paulistas.

Rodrigues as encontrou - exaustas de viagem, sentadas no chão, trêmulas de frio e perdidamente apaixonadas - nas filas de espera de presídios e nas portas de delegacias de polícia. A grande maioria trabalhava como doméstica e cabeleireira. Algumas eram estudantes. Dentro da prisão, eram tratadas como "rainhas". Seduziam e eram seduzidas com bilhetes, poemas e juras de amor. "Todas acreditavam que, terminada a pena, iriam constituir ou reconstruir uma família", conta Rodrigues. Inspiram-se em exemplos como o da cantora Simony, que se casou com o rapper Cristian de Souza Augusto, o Afro X, que ganhou liberdade condicional em 2004 e que hoje é pai de seu filho.

Cetro de rainha

Do lado de fora do presídio, levam uma vida solitária, aguardando o dia da visita. Há relatos de mulheres que dizem ser "controladas" pelo namorado desde o presídio, por intermédio de amigos. Resignadas, investem para provar a inocência ou reduzir a pena do homem amado. "Quem tem dinheiro paga advogado. Algumas chegaram a vender o carro", conta Rodrigues.

A disposição para reabilitar o companheiro acusado de homicídio ou de estupro existe mesmo entre as esposas dos que cometeram crimes, estes efetuados já na condição de marido. Algumas identificam a conversão religiosa - comum entre prisioneiros - como um sinal de regeneração. Mas, de acordo com Rodrigues, a grande maioria é convencida pelo discurso do arrependimento. Afirmam que ele, agora, é "outra pessoa", e que o que ele fez foi uma "coisa do mal". "Elas apagam o passado e só se fixam na figura do companheiro, que fala com ela naquele momento". Assim, acreditam que devem lhe dar mais uma chance, que ele vai se regenerar. "A relação de sedução que ele tem com a mulher na prisão se assemelha à que ele deve ter tido com a sua vítima", suspeita Rodrigues.

A maioria das mulheres entrevistadas por Rodrigues acreditava que a reclusão era garantia do amor fiel. Desconhecem que há uma rede de correspondência com presídios femininos ou que podiam perder o cetro de "rainha" para a irmã de um companheiro ou até para uma funcionária do presídio, sublinha Rodrigues. Isso sem falar nas parceiras que podem ser encontradas nos classificados ou nos programas de rádio. Conta-se que o traficante Luiz Rodrigues, o Chacrinha, tinha oito namoradas na extinta Casa de Detenção, antes de morrer durante uma rebelião. A boa disposição e forma física são mantidas por exercícios físicos com equipamentos improvisados, como cabos de vassoura. Da alimentação, eles cuidam como podem. Conta-se que os prisioneiros buscam meios e modos de ter acesso a ovos crus, considerados afrodisíacos, ou amendoim e achocolatados, que têm fama de melhorar o desempenho sexual.

"A situação dessas mulheres é muito triste", conclui Rodrigues. "Vivem uma miséria sentimental enorme e uma falta de perspectiva humilhante. Nas cartas enviadas à prisão, rastejam por um pouco de amor de pessoas da pior espécie. E alimentam o sonho de um dia ser feliz ao seu lado."

A psicologia e a psiquiatria tentam entender o que motiva uma mulher a procurar e manter um amor bandido. Há quem considere que essa modalidade de paixão se alimente do glamour dos criminosos, representado por um poder que desafia as regras e as leis. "Trata-se de homens fortes e corajosos, que não se submetem a nada e criam as próprias regras. Esses atributos estão culturalmente relacionados a uma imagem de masculinidade e virilidade", escreveu a psicanalista Priscila Faria Gaspar. A mulher frágil busca nesse "herói" não só proteção, mas uma fonte de entusiasmo em sua vida, analisou a psiquiatra Beth Valentim no site Bolsa de Mulher. "Normalmente, são mulheres que não têm suas emoções estabilizadas, que precisam também viver no risco, nos desafios, para se sentirem vivas", argumenta. A psicóloga e psicoterapeuta Olga Tessari também entra no debate preferindo considerar que as mulheres que se apaixonam por criminosos "enxergam a pessoa por trás do bandido". Acreditam que a opção pelo crime é resultado de sua história de vida e que, no fundo, são boas pessoas.

Há, ainda, um aspecto de rebeldia nessa paixão: o desejo de transgredir fala alto, geralmente entre adolescentes. "O bandido, dessa forma, exerce um fascínio e se torna objeto de desejo, pois simboliza a ruptura com as leis e os valores transmitidos em casa. Ele também é visto como suposto caminho para a autonomia, o que não é verdade, pois muitas jovens acabam se submetendo a eles e enfrentando uma nova forma de dependência", adverte Priscila.

Mas amor bandido não é coisa só de adolescente. Pode acontecer em qualquer idade. Nesse caso, o encanto está, geralmente, associado à fama do criminoso. Elas acompanham sua trajetória pela mídia e escrevem cartas com o intuito de iniciar um relacionamento amoroso. Esse foi o caso de Jussara, mulher do Maníaco do Parque.

O amor bandido também não se restringe às classes mais baixas. Nos anos 80, a jornalista Marisa Raja Gabaglia (1942-2003) envolveu-se com o cirurgião-plástico Hosmany Ramos, condenado a 21 anos de prisão. Sabe-se também que a filha de um político carioca namorou o traficante Roberto de Moura Lima, conhecido como Meio-Quilo.

A psicóloga forense Maria Adelaide Freitas Caíres analisa o amor bandido sob uma vertente diferente, a de estudos vitimológicos que indicam que "os pares se identificam na multidão". Nessa perspectiva, vítima e agressor, ou, no caso, a mulher e o seu estranho objeto de paixão, têm algo em comum. "A maioria dessas mulheres, assim como os criminosos por quem se apaixonam, provavelmente tiveram uma infância conturbada e violenta, em que a relação de vínculos com os adultos não era provedora o suficiente para que elas pudessem pedir ajuda ou se sentir protegidas", explica.

Essa origem comum forja um tipo de identidade semelhante àquela que aproxima grupos de exclusão. "O criminoso foi uma criança vitimizada que aprendeu a reconhecer os sinais que o agressor emitia para poder se proteger, mas também conheceu o comportamento do agressor. Isso deixa marcas indeléveis no seu desenvolvimento. Pode parecer cruel, mas algumas dessas pessoas, quando adultas, se identificarão com o papel do agressor, e poderão se transformar num criminoso. Outras, identificam-se com o papel das vítimas", afirma Maria Adelaide. Entre elas, na sua opinião, enquadram-se perfeitamente as mulheres que se apaixonam por criminosos.

Na sua avaliação, essa identidade entre excluídos ficou clara no dia do julgamento dos irmãos Daniel e Christian Cravinhos, condenados a 39 anos de prisão pelo assassinato de Manfred e Marísia von Richthofen: enquanto a promotoria exibia fotos da cena do crime e dos ferimentos perpetrados às vítimas pelos criminosos, um grupo de jovens mulheres tentava fazer chegar aos réus bilhetes solidários e pedidos de autorização para visitas no presídio. "A explicação racional é que ficaram sensibilizadas, supondo que a vida deles foi muito triste, e que, naquele momento, eles estavam sendo rechaçados pela sociedade", conta Maria Adelaide.

Essa identidade forjada no sofrimento também explicaria, na sua opinião, a vocação quase missionária das mulheres e namoradas de presidiários. "São relações muito dramáticas porque a base da aliança é uma história de violência que se reproduz, de alguma maneira, na vida adulta", observa.

Ela reconhece ainda que essa atração é reforçada pelo glamour que envolve o crime sexual. "O criminoso sexual gera uma comoção social, uma revolta. A sociedade fica inquieta, a mídia divulga, os especialistas comentam. Ela se apaixona pelo glamour que vem do reconhecimento social do criminoso. É flash para tudo quanto é lado", afirma. Ela lembra a repercussão dos crimes do Maníaco do Parque e de Francisco Chagas, acusado de ter matado e mutilado 30 meninos no Maranhão e 12 no Pará. Os crimes aconteceram entre 1991 e 2003. "Ele foi entrevistado até pelo Times, o famoso jornal londrino". O mal, como ela diz, "é cheio de brilhos e paetês".

O amor bandido descreve uma relação eminentemente feminina. Na avaliação de Maria Adelaide, isso ocorre porque a mulher prisioneira - pouco mais de 2% da população carcerária paulista - tem um padrão de crime diferente do masculino. "Esse número cresceu na última década por conta do tráfico de drogas: elas fazem o papel de mulas ou são pegas levando celulares para a penitenciária", diz. Vivem em função do homem. É interessante registrar também que, enquanto 65% da população carcerária masculina recebe visita da esposa ou companheira, apenas 18% das mulheres presidiárias contam com alguma forma de apoio do companheiro ou do marido.

Na avaliação de Maria Adelaide, a única saída para evitar que as mulheres se submetam a essa paixão e reproduzam experiências como essa é a educação pautada pelo afeto, que preserve vínculos, segurança e garantam a socialização.

Site do namoro

Sam Wagner, um artista pop nova-iorquino, trocava cartas com um amigo preso. Depois de algum tempo, esse amigo lhe pediu para que escrevesse também para seus colegas de cela que não tinham mais contato com a família. Aos poucos, o círculo de comunicação foi se ampliando até que Wagner se deu conta de que vinha mantendo correspondência mensal com cerca de 100 detentos. Foi então que, em 2003, ele teve a idéia de criar o site Hot Prison Pals (que traduzido literalmente significa "colegas quentes da prisão"), aberto para homens e mulheres.

Como os presos norte-americanos não têm acesso à internet, o site é, na verdade, uma espécie de vitrine com fotos e endereço de correspondência para quem estiver interessado em trocar cartas com prisioneiros solitários. "As cartas que eles recebem por meio do site são cruciais para o seu bem-estar. Eles precisam saber que alguém do lado de fora liga para eles", diz Jason Rupp, sócio de Wagner e que dirige o empreendimento da sua residência, em Bangcoc, na Tailândia.

Quem estiver interessado num relacionamento mais sério, deve encarar a troca de cartas como um investimento para o futuro. Keith Virgil Dunaway, que no site aparece sem camisa e com uma calça jeans, sai da cadeia ainda esse ano. Mas Randy Sands só ganhará a liberdade em 2023. Algumas amizades podem resultar em visitas e em relacionamentos mais duradouros. Erik Menendez, por exemplo, casou-se na prisão com uma mulher com quem passou anos se correspondendo. Junto com o irmão, Lyle, Erik foi acusado pela morte dos pais, em 1989.

Os presos pagam US$ 19 para divulgar sua foto e um recado no site. Eles não precisam divulgar o crime que motivou a prisão. "Aceitamos todo mundo", diz Rupp. "Às vezes as mensagens ficam um pouco mais fortes e gostamos disso. Nós nos orgulhamos de ter os prisioneiros mais quentes da internet.""

Revista Ciência Criminal, 17/04/07

(Disponível em http://www.mhariolincoln.jor.br/index.php?itemid=2764&catid=116, acessado em 28/02/08)

rosto


salve a foto e vire-a ao contrário

aniversário de paripiranga


pobre paris!!!











(http://ossertoesbahia.blogspot.com/2011/03/aniversario-de-125-anos-de-paripiranga.html)

romano, orlandi e müller

No primeiro semestre, Romano dava uma disciplina sobre Descartes. Ia lendo e comentando o texto das Meditações, e às vezes trazia exemplos, como um livro de arte importado sobre anamorfoses, que deixou emprestado com uma colega da sala, depois de fazer diversas recomendações e advertências sobre como manuseá-lo. Evidentemente não se poderia xerocá-lo, pois era quase que apenas de imagens de anamorfoses na história da arte. Mostrou-nos uma impressionante, para que víssemos enquanto o livro circulava na sala (com as cadeiras e o birô dispostos em um círculo perfeito) do pintor Holbein, do século XVI, que colocou, no centro do quadro, um longo pedaço de pão, que, se visto da forma exata, com os olhos perto da imagem, inclinada uns 45 graus, transformava-se numa caveira. A avaliação da disciplina eram paráfrases do texto das Meditações, que íamos fazendo à medida em que o texto ia sendo lido nas aulas.

Houve uma vez, logo no primeiro semestre, em que ele começou a aula muito alterado, a custo segurando uma onda de ódio que tinha tomado desde que lera um dos trabalhos avaliativos feitos pela classe. Sem revelar nada da pessoa que teria feito tal trabalho, vários de nós, em silêncio durante os comentários de romano, nas rodinhas no intervalo da aula, não tínhamos a menor noção do que tinha acontecido, embora um arrepio de desconfiança em cada um de nós que de que fôssemos nós que, sem querer, tenhamos despertado a fúria do professor. Ficávamos repassando mentalmente trechos do trabalho de cada um de nós, que era uma paráfrase do texto de Descartes. Pelo que deu pra entender, um aluno tinha elogiado as aulas do professor, que eram realmente excelentes!, e o romano achou que o cara estava sendo irônico com ele. Depois do intervalo, um aluno pediu a palavra e disse que tinha escrito aquilo com honestidade, pois estava gostando muito mesmo das aulas do professor, que em momento nenhum sequer passou pela cabeça dele que isso poderia ofender romano, mas o professor manteve sua ira e seu desdém, claramente injustiçando nosso colega (que, aliás, tinha um adesivo do maluf no carro, fato que já havia intrigado todo mundo). Esse cara abandonou o curso, a unicamp e possivelmente a filosofia, depois desse dia.

Em 92 e 93, Romano trabalhou o Tratado-Teológico Político, de Espinosa, um livro nem um pouco óbvio. Se fosse hoje, eu teria gravado as suas belas aulas. Os paralelos com a política brasileira do momento eram constantes e ele sabia mostrar e evidenciar os trechos interessantes do livro de Espinosa.

Luiz Orlandi era certamente o maluco assumido do Departamento. Suas aulas eram meio caóticas, pedia um trabalho de até 10 páginas e, no finzinho do semestre se trancava em sua sala e voltava meia-hora depois, com os resultados da turma toda. Como ele era um dos que não sabia em absoluto o nome de cada aluno, percebemos que ele dava uma olhada no trabalho e atribuía a nota meio que conforme o número de páginas apenas (de 5 a 10). Eu sempre tirava seis. Foi meu primeiro contato com Deleuze, na disciplina em que lemos o Proust e os Signos, cuja sequência ele interrompeu porque ficou chateado com comentários sobre o fato dele ser ‘o deleuziano do departamento’, e nos semestres seguintes trabalhou com o ‘Tratado sobre a Natureza Humana’, de Hume, que não tinha tradução para o português na época (o original em inglês ele conseguiu com o Fausto Castilho).

A aula do professor Marcos Müller era ler o texto de Kant ou, depois, Hegel. Com as traduções que ele fizera, que nos entregava datilografadas em pequenas apostilas para xerocarmos, ou distribuía ele mesmo, na hora da aula, quando era algum parágrafo interessante dA Enciclopédia, de Hegel). No segundo semestre, na avaliação de um curso sobre ‘A Ideia de uma História Universal através de um Ponto de Vista Cosmopolita’, ele nos deu um parágrafo da Crítica do Juízo, de que eu nunca tinha ouvido falar, e hoje percebo a sua beleza, nesse parágrafo determinado; as questões são fracas, burocráticas pra averiguar se sabíamos escrever. Eu passava com por volta de 7,0.

Müller era o único dos professores (da Filosofia e do IFCH inteiro, exceto Lucas) que regularmente ia aos concertos da Orquestra Sinfônica de Campinas. Sempre foi muito cordial, como qualquer brasileiro que se preza. Apesar da ascendência alemã muito forte e de ser marido da bela francesa Jeanne-Marie Gagnebin, professora de Platão, cujas aulas sobre o Amor inebriavam-nos. Mas isso mais tarde, 96, 97. Ela era professora de Letras, e por isso nós, da Filosofia, não podíamos assistir regularmente as suas aulas, só de vez em quando. (lsd)