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sábado, 9 de outubro de 2010

josé arbex jr.

“A mídia age como partido político, como demonstrou Gramsci”

Boletim do Núcleo Piratininga de Comunicação. Que avaliação você faz sobre a cobertura da mídia envolvendo o governo e o partido do presidente Lula?

José Arbex Jr. Não foi feita uma cobertura. Foi feita uma campanha. Na verdade a mídia desrespeitou os próprios manuais de redação que regulamentam a produção de notícias dos jornais. Primeiro, porque os manuais de redação estabelecem que todos os lados têm que ser absolutamente ouvidos e respeitados. Segundo, os manuais estabelecem que uma notícia tem que ser comprovada, para ser dada. Porque ela não pode ser baseada unicamente em declarações. A menos que todos os lados sejam ouvidos e todas as declarações tenham um peso semelhante. Então, todos os procedimentos éticos prescritos que foram estabelecidos pelos próprios manuais, foram desrespeitados. Ou seja, não foi feita uma cobertura. Foi feita uma campanha com base em declarações, as quais se deu um destaque muito grande. Independente do fato do PT ou do governo Lula ter ou não cometido crime houve uma predisposição da mídia no sentido de condenar ambos. Isto é óbvio e evidente. E uma demonstração disto é que, quando surge no meio do escândalo a evidência de que o Azeredo, ex-governador de Minas e presidente do PSDB, também teria sido implicado em fraudes envolvendo o Valérioduto, a notícia foi dada quase sem nenhum destaque. Até mesmo o ombudsman da Folha de S. Paulo, o Marcelo Beraba, anotou isto: a diferença de tratamento que a mídia dá quando surge alguma notícia, por menor que seja, referente ao PT, vira logo manchete. Quando tem um puta dum escândalo envolvendo o Azeredo, é subestimada. Então, isto demonstra claramente que a mídia não fez cobertura, fez campanha.

Boletim do NPC. No Brasil a mídia age como partido político – dizem que a FSP é o órgão oficial do PSDB – ou apenas defende os interesses das classes dominantes?

Arbex. Não é só no Brasil que a mídia age como partido político. A mídia burguesa age como partido político, como demonstrou Gramsci. Gramsci mostrou que a imprensa cumpre um papel fundamental para dar coesão ao processo de formação da sociedade civil. E mostrou também que a imprensa é controlada pelo capital privado, mas trata de assuntos públicos. Ou seja, ela é um veículo privado que trata de assuntos que não são privados, que são da esfera pública. E assim, esses assuntos da esfera pública são tratados de uma forma privada quanto ao seu conteúdo, ao seu direcionamento, ou a maneira pela qual eles são analisados, etc. e tal. Isto faz com que a imprensa tenha adquirido um grande poder com a segmentação da burguesia e com a economia burguesa, porque passa a exercer um papel que só é controlado pelo próprio capital. Que não é controlado pelas instituições públicas. Noam Chomsky observa que a primeira emenda da Constituição dos Estados Unidos diz que o Estado não pode censurar a opinião pública. Mas a primeira emenda nada diz sobre as corporações, porque naquela época nem havia as corporações. Então, a corporação censura. A corporação controla, define o que é notícia e o que não é notícia. A corporação tem um poder tremendo de selecionar os fatos, de divulgar os fatos de acordo com os interesses corporativos. E dá para esses fatos a aparência de fatos públicos, quando na verdade são fatos dados de forma privada. Por interesses privados. Logo, a imprensa toda é partidária. Toda movida por interesses que não são os públicos. São interesses ideológicos, financeiros, econômicos, interesses capitalistas.

Boletim do NPC. Sempre os das classes dominantes?

Arbex. Sim, as classes que controlam os meios de comunicação. O que aconteceu no Brasil é um agravante disto. Mesmo nos países capitalistas mais radicais, como os Estados Unidos, por exemplo, você tem certas leis que ainda tentam impor um certo controle às corporações. Os EUA têm uma lei que impede a propriedade cruzada dos meios de comunicação. Então, o sujeito que é dono da televisão de uma determinada região não pode, ao mesmo tempo, ser dono de um jornal impresso nem de emissora de rádio. Isto é proibido. Se for dono de uma emissora de rádio não pode ter televisão, nem jornal. No Brasil não se pode nem pensar na impossibilidade disto. Quem tocar no assunto vai ser logo acusado de comunista, radical, jacobino. Porque no Brasil não se admite qualquer restrição às corporações. Então, no Brasil este problema é agravado. Mas não que ele é típico do Brasil. A mídia se comporta como um partido em todos os países capitalistas, só que aqui este problema é agravado.

Boletim do NPC. Por causa da propriedade cruzada?

Arbex. E por causa da falta de leis. Não é só a propriedade cruzada. Dou outro exemplo: na França é proibida terminantemente a divulgação de propaganda de produtos infantis. Não pode ter nenhum produto infantil na televisão. Porque os que analisaram o assunto concluíram que implica necessariamente na erotização precoce das crianças. A propaganda de produtos infantis faz um apelo à capacidade sedutora da criança. Implica na entrada precoce da criança no mundo adulto. Então, é proibido. Agora, imagina no Brasil alguém querer proibir as propagandas para crianças. (e o 12 de outubro está chegando de novo...)

Boletim do NPC. Qual a principal motivação para as reuniões de pauta da mídia brasileira?

Arbex. Já que ela é um partido e funciona como um partido a motivação é sempre política e econômica. Quer dizer, ela tem a mesma motivação que um partido teria para fazer uma reunião. Então, como a mídia é um partido que está no poder, os assuntos são como consolidar este poder. É como sedimentar e dar estabilidade a este poder. Então, a mídia funciona na verdade como uma espécie de intelectual orgânico da burguesia, para utilizar um termo de Gramsci. Ela organiza os interesses da burguesia, dá-lhes visibilidade, debate-os, e aponta soluções para os interesses da burguesia. Agora, tem um fator complicador disto: a mídia, por mais poderosa que seja, não é toda poderosa. Estou querendo dizer com isto que um jornal sem credibilidade não serve para nada. Para servir para alguma coisa as pessoas têm que acreditar neste jornal. Então, o Globo, por mais poderoso que seja, dificilmente dará a manchete de que o Papa foi visto andando nu em Roma. Assim, mesmo que os jornais possam muita coisa eles não podem tudo. Existem limites para aquilo que os jornais podem e não podem fazer. Para manter a credibilidade. Então, a reunião de pauta serve para isto também. Certas pautas acabam entrando no jornal mesmo contra a vontade dos donos, porque tem que manter uma certa credibilidade. E isto cria um problema para os donos, porque eles não podem mentir o tempo todo. E aí é que se dá um espaço de luta na mídia, que permite que jornalistas sérios trabalhem nos grandes veículos. Porque esses veículos precisam de jornalistas sérios que dêem credibilidade, mesmo que às vezes eles produzam coisas que no momento vão contra os interesses dos jornais. Então a reunião de pauta serve para isto também, serve para analisar a situação, que notícia vai ser dada.

Entrevista de José Arbex Jr. a Nestor Cozetti: “A mídia age como partido político, como demonstrou Gramsci” (http://listas.rits.org.br/pipermail/cris-brasil/2005-November/003398.html )

maria rita kehl

Maria Rita Kehl: Dois pesos…

DOIS PESOS…

por Maria Rita Kehl, no Estadão, via Vermelho

Este jornal teve uma atitude que considero digna: explicitou aos leitores que apoia o candidato Serra na presente eleição. Fica assim mais honesta a discussão que se faz em suas páginas. O debate eleitoral que nos conduzirá às urnas amanhã está acirrado. Eleitores se declaram exaustos e desiludidos com o vale-tudo que marcou a disputa pela Presidência da República. As campanhas, transformadas em espetáculo televisivo, não convencem mais ninguém. Apesar disso, alguma coisa importante está em jogo este ano. Parece até que temos luta de classes no Brasil: esta que muitos acreditam ter sido soterrada pelos últimos tijolos do Muro de Berlim. Na TV a briga é maquiada, mas na internet o jogo é duro.

Se o povão das chamadas classes D e E – os que vivem nos grotões perdidos do interior do Brasil – tivesse acesso à internet, talvez se revoltasse contra as inúmeras correntes de mensagens que desqualificam seus votos. O argumento já é familiar ao leitor: os votos dos pobres a favor da continuidade das políticas sociais implantadas durante oito anos de governo Lula não valem tanto quanto os nossos. Não são expressão consciente de vontade política. Teriam sido comprados ao preço do que parte da oposição chama de bolsa-esmola.

Uma dessas correntes chegou à minha caixa postal vinda de diversos destinatários. Reproduzia a denúncia feita por “uma prima” do autor, residente em Fortaleza. A denunciante, indignada com a indolência dos trabalhadores não qualificados de sua cidade, queixava-se de que ninguém mais queria ocupar a vaga de porteiro do prédio onde mora. Os candidatos naturais ao emprego preferiam viver na moleza, com o dinheiro da Bolsa-Família. Ora, essa. A que ponto chegamos. Não se fazem mais pés de chinelo como antigamente. Onde foram parar os verdadeiros humildes de quem o patronato cordial tanto gostava, capazes de trabalhar bem mais que as oito horas regulamentares por uma miséria? Sim, porque é curioso que ninguém tenha questionado o valor do salário oferecido pelo condomínio da capital cearense. A troca do emprego pela Bolsa-Família só seria vantajosa para os supostos espertalhões, preguiçosos e aproveitadores se o salário oferecido fosse inconstitucional: mais baixo do que metade do mínimo. R$ 200 é o valor máximo a que chega a soma de todos os benefícios do governo para quem tem mais de três filhos, com a condição de mantê-los na escola.

Outra denúncia indignada que corre pela internet é a de que na cidade do interior do Piauí onde vivem os parentes da empregada de algum paulistano, todos os moradores vivem do dinheiro dos programas do governo. Se for verdade, é estarrecedor imaginar do que viviam antes disso. Passava-se fome, na certa, como no assustador Garapa, filme de José Padilha. Passava-se fome todos os dias. Continuam pobres as famílias abaixo da classe C que hoje recebem a bolsa, somada ao dinheirinho de alguma aposentadoria. Só que agora comem. Alguns já conseguem até produzir e vender para outros que também começaram a comprar o que comer. O economista Paul Singer informa que, nas cidades pequenas, essa pouca entrada de dinheiro tem um efeito surpreendente sobre a economia local. A Bolsa-Família, acreditem se quiserem, proporciona as condições de consumo capazes de gerar empregos. O voto da turma da “esmolinha” é político e revela consciência de classe recém-adquirida.

O Brasil mudou nesse ponto. Mas ao contrário do que pensam os indignados da internet, mudou para melhor. Se até pouco tempo alguns empregadores costumavam contratar, por menos de um salário mínimo, pessoas sem alternativa de trabalho e sem consciência de seus direitos, hoje não é tão fácil encontrar quem aceite trabalhar nessas condições. Vale mais tentar a vida a partir da Bolsa-Família, que apesar de modesta, reduziu de 12% para 4,8% a faixa de população em estado de pobreza extrema. Será que o leitor paulistano tem ideia de quanto é preciso ser pobre, para sair dessa faixa por uma diferença de R$ 200? Quando o Estado começa a garantir alguns direitos mínimos à população, esta se politiza e passa a exigir que eles sejam cumpridos. Um amigo chamou esse efeito de “acumulação primitiva de democracia”.

Mas parece que o voto dessa gente ainda desperta o argumento de que os brasileiros, como na inesquecível observação de Pelé, não estão preparados para votar. Nem todos, é claro. Depois do segundo turno de 2006, o sociólogo Hélio Jaguaribe escreveu que os 60% de brasileiros que votaram em Lula teriam levado em conta apenas seus próprios interesses, enquanto os outros 40% de supostos eleitores instruídos pensavam nos interesses do País. Jaguaribe só não explicou como foi possível que o Brasil, dirigido pela elite instruída que se preocupava com os interesses de todos, tenha chegado ao terceiro milênio contando com 60% de sua população tão inculta a ponto de seu voto ser desqualificado como pouco republicano.

Agora que os mais pobres conseguiram levantar a cabeça acima da linha da mendicância e da dependência das relações de favor que sempre caracterizaram as políticas locais pelo interior do País, dizem que votar em causa própria não vale. Quando, pela primeira vez, os sem-cidadania conquistaram direitos mínimos que desejam preservar pela via democrática, parte dos cidadãos que se consideram classe A vem a público desqualificar a seriedade de seus votos.

(disponível em: http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/maria-rita-kehl-dois-pesos.html)

(publicado pelo jornal 'O Estado de SP' na véspera do primeiro turno das eleições deste ano, este artigo ocasionou a demissão da autora da coluna que escrevia quinzenalmente)
(cf. mais em http://www.viomundo.com.br/politica/maria-rita-kehl-os-bastidores-de-sua-demissao-pelo-estadao.html)

marilena chaui (sobre livro de bucci e kehl)

"(...) as análises de "Videologias" [BUCCI, Eugênio. KEHL, Maria Rita. Videologias: ensaios sobre televisão. ed. Boitempo, 1994] são feitas sob uma perspectiva precisa, qual seja, os processos de instituição mítica das significações, graças ao deslizamento contínuo dos significantes. A mídia seqüestra as significações estabelecidas, tanto cristalizando-as em alguns significantes fixos quanto dissolvendo-as em significantes instáveis. Apanhando as significações histórica e socialmente instituídas, ora pode fixá-las como bases de um código de valores (bem e mal, belo e feio, justo e injusto, possível e impossível) que é devolvido e imposto à sociedade por uma instância que parece transcendê-la; ora pode alterá-las segundo critérios do mercado da moda, do mercado político, do mercado militar e outros. No primeiro caso, a fixação leva à naturalização das significações; no segundo, à sua flutuação permanente.
Produzindo a adesão a todas elas, não apesar, e sim graças a essa oscilação das imagens entre o eterno e o efêmero, a mídia produz videologias, a forma contemporânea do mito. A operação mítica, no caso da televisão brasileira, é realizada pelo que Eugênio Bucci designa como dueto entre fato e ficção, quando a realidade dos noticiários aparece como ficção, e a ficção das telenovelas aparece como realidade, pois ambos se inscrevem no registro do entretenimento. Quando bem-sucedida (e tem tido sucesso), a operação mítica obtém o que Maria Rita Kehl designa como passagem da produção da identificação à da identidade -a tela da televisão não oferece modelos a imitar, mas se oferece como espelho no qual acreditamos estar refletida nossa própria imagem.
Ora, isso significa também que a instituição dos espaços-tempos públicos pelos meios de comunicação, sobretudo pela televisão, é um ato de poder. Não o poder tal como estamos acostumados a pensá-lo quando fazemos a crítica da mídia, isto é, como ação de agentes determinados que deliberam sobre seu próprio agir em vista de conseguir dominação. Mudando o registro costumeiro das análises sobre a mídia, os autores nos fazem compreender que o poder midiático é um "mecanismo de tomada de decisões que permitem ao modo de produção capitalista, transubstanciado em espetáculo, sua reprodução automática".
Em outras palavras, o sujeito do processo não são os proprietários dos meios de comunicação nem os Estados nem grupos e partidos políticos, mas simplesmente (e gigantescamente) o próprio capital. Dessa maneira, os autores se libertam e nos libertam de uma atitude maniqueísta e simplista sobre a forma, o conteúdo e o sentido do poder midiático. Sem dúvida, não negligenciam o poder econômico dos grupos proprietários nem a tendência oligopólica desse poder no Brasil assim como não negligenciam o poder desses grupos para determinar efeitos políticos (como, por exemplo, resultados eleitorais) ou para ocultar fatos sociopolíticos (como, por exemplo, massacres e chacinas em larga escala). No entanto a profundidade da análise consiste justamente em mostrar que essas ações exibem poder, mas não o constituem, pois sua constituição precisa ser procurada no modo de produção do capital.
Trata-se, pois, de decifrar o poder videológico. Para isso, colocando-se num patamar de análise novo, os autores procurarão decifrar a imagem e o imaginário (produzido pelo fluxo das imagens), tomando como referências conceituais as análises de Freud e Marx sobre o fetichismo. Por que essa referência? Porque os autores não se contentam em retomar análises que salientam as operações midiáticas como ações que visam ao desejo, mas buscam o modo de produção do imaginário contemporâneo pela compreensão crítica da imagem enquanto imagem, seja no nível do inconsciente individual, seja no nível do inconsciente social. Psicanaliticamente, o fetiche é um objeto imaginário por meio do qual ocultamos uma perda e uma falta intoleráveis -o fetiche é o objeto mágico de satisfação do desejo pela denegação da perda e da falta e por isso mesmo exprime a impossibilidade de lidar com a ausência e com a alteridade (ou a impossibilidade de passar da imagem ao símbolo). Marx, por sua vez, elaborou o conceito de fetichismo da mercadoria para descrever o processo social de inversão da realidade social, isto é, o fato de que no modo de produção capitalista, em lugar das relações sociais serem relações entre sujeitos mediadas pelas coisas, elas são relações entre coisas mediadas pelos sujeitos. Ou, melhor, as mercadorias são fetiches porque parecem ter vida própria, personificam-se, enquanto os indivíduos que as produziram se tornam peças de uma engrenagem produtiva, se coisificam e se relacionam entre si como mercadorias que produzem mercadorias.
Entretanto os autores dão um passo importante ao introduzirem a diferença histórica, ou seja, as análises de Freud e de Marx se referiam a uma sociedade do trabalho na qual o gozo e a satisfação deviam ser reprimidos para a manutenção da ordem social, mas se trata, agora, de retomar o fetichismo numa sociedade do consumo e do espetáculo na qual o gozo e a satisfação se tornaram imperativos sociais e morais. É nesse novo tempo histórico que os autores redefinem o fetiche e sua instituição videológica e podem nos oferecer uma compreensão inteiramente nova de duas questões ético-políticas cuja discussão tem sido sistematicamente simplificada: a da violência e a da verdade/mentira. Não queremos antecipar o conteúdo dessas análises e privar o leitor do impacto que elas certamente terão sobre ele quando, por exemplo, descobrir que a publicidade não inclui, mas exclui, ou que o obsceno nos "reality shows" não está no voyeurismo do espectador, e sim no exibicionismo dos participantes, ou que uma ética da solidariedade só pode supor-se realizando o bem porque tem como pressuposto necessário o mal, isto é, a desigualdade e injustiça sociais sem as quais parece não haver apelo a ações solidárias, as quais, enquanto imagens e, portanto, espetáculo, possuem valor de mercado e instituem a solidariedade no espaço do marketing."
(Prefácio de Marilena Chaui ao livro 'Videologias', de Eugênio Bucci e Maria Rita Kehl, publicado pela Folha de SP em 20/06/2004)

marilena chaui

"A professora titular de Filosofia da USP Marilena Chaui criticou ontem veículos de imprensa em um ato em apoio à candidata do PT Dilma Rousseff na Faculdade de Direito da USP.
De acordo com reportagem do site "Rede Brasil Atual", Chaui afirmou no ato de ontem que lideranças de esquerda e do PT devem deixar de atender jornalistas da grande imprensa e realizar uma espécie de "boicote" a pedidos de entrevista.
"Para defender a liberdade de expressão, é preciso não falar com a mídia", afirmou Chaui. A professora disse no evento que a mídia abre espaços para figuras do PT e de movimentos sociais apenas para "parecer plural", porém realiza um "controle de opinião" sobre o que é publicado, segundo relato do site.
Na manifestação, Chaui afirmou ainda, sempre segundo o site, que "para que ela exista [a democracia], seria preciso que, em igualdade de condições, duas ou três ou quatro opiniões antagônicas pudessem se exprimir. O que temos é o controle da opinião e a impossibilidade da contestação"."
(Folha de SP, 09/10/10)

zé simão

"E tá a fim de onda verde? Senta no colo do Hulk. Pega no pinto do Shrek. Rarará!
Olha, Dilma e Serra. Dou um pelo outro e não quero o troco!
O BRASIL VIROU O IRÃ, Parte 2! Indio ataca ou não ataca os gays? Polêmica! O vice do Vampiro, Indio da Costa, se juntou a pastores para atacar gays. Depois ele desmente! Mas vive em reunião com o pastor Malafaia! Homofóbico raivoso! Num tô entendendo mais nada! Pelo sim, pelo não: todos para o forte Apache. Bibas do Brasil, todos para o forte Apache. Ataque de índio! Rarará! Gay já sofre ataque de pitboy e ataque de neonazista. Agora tem ataque de índio?
Ereções 2010: aborto, homofobia. O próximo presidente do Brasil vai ser O HOMEM DE NEANDERTAL! Rarará! Allan Kardec, me tira daqui! Ai que saudades do Brasil. Ai que saudades da Lacraia. E da "Eguinha Pocotó"! Rarará! Ainda bem que nóis sofre, mas nóis goza.
Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!"
(Folha de SP, 09/10/10)