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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

jornal da globo depois do último debate

plínio:
"30 segundos da globo não é brincadeira.. não vou responder sua pergunta não, mas vou fazer propaganda da passeta
que vai acontecer"

marina:
"depois de 500 anos de história do brasil, o brasil merece o destino de duas mulheres debatendo o brasil, o brasil"

serra:

"eu não faço promessas, eu faço anúncios!!" (kkkkkkkk)

último debate

“serra chegou no carrinho tradicional da tv globo” (jornalista)

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o debate é patrocinado pelo banco bradesco

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marina usa um casacão

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"um trilhão de reais!" (dilma)

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dilma promete manter o décimo-terceiro salário

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"meritocrático" (dilma, de novo??)

não tem o relógio para o telespectador, só nos últimos segundos

dilma parece mais segura que plínio, que está meio perdido, mas plínio retoma o embate com eike batista!

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“ih! ele gosta disso!” (plínio, para serra, sobre impostos)

"eu proponho não ter o icms.. não é essas melhorinhas.. isso que é de fato fazer uma reforma tributária.." (plínio)

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... ........ (serra e marina, sobre os idosos; agora é sobre a juventude, um "compromisso ético")

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marina tirou o casacão e deixou um terno 4 números acima.

"nós vamos ter o sistema di gestão" (marina)

marina também, finalmente, aprendeu a respeitar o tempo certo

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"olha, eu vou criar uma defesa civil nacional" (serra)

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nenhum dos três assume que é contra o capital... para isso e por isso, falam só palavras vazias

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serra faz pergunta sobre metrô, para plínio, mas a questão é contra o governo federal, isso não tem nada a ver com plínio!!

plínio: "transporte ferroviário e transporte hidroviário";

plínio: desconstruiu a relação serra & metrô!

plínio retoma, no final, "ferrovia e hidrovia"! ele consegiu juntar os outros três no mesmo balaio de novo!! kkkkkkkk

serra volta a falar que fez 1 metrô e vai fazer metrô até na cnochinhimna

"1 trilhão e 3rt04509rtuid milhões" (plínio!, pegando no ato e respondendo a dillma!)

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plínio, para dilma: "vocês têm vergonha dos seus partidos?" (risos na plateia)

dilma fala como se já fosse a presidenta mesmo.

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PSOL 50!

plínio chama de novo o telespectador!

dilma gagueja de novo! ouve-se voz do bonner, dizendo 'candidatos', durante o gaguejo de dilma)

dilma fala que todas as suas doações são legais (muitos risos irônicos na plateia!!)

plínio conseguiu polarizar entre ele e os outros 3+Globo

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"degradação aqui na floresta da mata virgem, em são paulo" (marina)

serra diz que vai dar casa pra todo mundo

"1 bilhão de reais" (serra)

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"eu visitei o morro do capão rendondo no rio" (marina)

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marina arrega pra plínio e pergunta pra dilma


dilma: eu sempre fui a presidenta. o governador do rio, o prefeitodorio, sempre estão do nosso lado... e gaguejou feio de novo
marina:" a questão é: por que ainda não foi feito" (marina, bem)
"a nossa população jovem está sendo ceifada" (marina, sic)
"vamos falar, marina, de coisas concretas" "o sérgio cabral será eleito" "e vou reprimir o crack"(dilma)

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dilma pra plínio sobre saneamento básico
plínio recua... gagueja também... podia ter aludido à falta de saneamento no governo pt-psdb, não respondeu direito. perde a oportunidade
plínio: tréplica: focou na dívida externa. pena.

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bonner sorteia o tema Sáude, pra plínio perguntar a serra (ninguém riu)
plínio: "o que você tá fazendo é demagogia, nada mais... por que vc tá fazendo isso?" (kkkkkkk)
serra:.......
até o psol votou a meu favor (uma vez, na emenda x da câmara, naquele dia lá!)
serra: "eu fiz a CPMF" (!)
plínio: "10 % do PIB para a Saúde!!"
"MELHORAR NÃO RESOLVE!" (plínio)
serra se dirige a dilma, e não a plínio! corta o debate com plínio!, depois fala que já foi governador

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bonner tem q explicar pq plínio vai abrir o bloco do debate: "é o último"
plínio, pra dilma.. "o que vc tem a falar sobre o problema da habitação que vc tá gerando com o seu governo" (kkkk)
dilma chama a "legalidade vigente" (sic) "democracia e respeito aos contratos"
"isto (habitação) não pode ser dito, mas feito"
"DEMOCRACIA PARA O POVO POBRE, E NÃO PARA O POVO RICO!" (plínio, questionado sobre o que entende por democracia)
"eu garanto que vc (plínio) tem casa própria" (dilma). (sim, ele tem casa própria, eu também... vc também.. o bonner também... isso não é acusação contra plínio, como ela quer fazer crer.. golpe baixo.. covarde, pq era a tréplica já..)
"os ingleses, e eles são diferentes de nós, dãr" (dilma)


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é covardia da globo não dividir a tela ao meio com os 2 candidatos

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marina diz que fez "qüestão" (??)
"
mundo azul do serra, e mundo rosa da dilma" (marina, e ignora completamente plínio!!!)
serra: "eu fui ministro da saúde do governo fernando henrique" (ah é.. eu tinha esquecido!)
serra chama alckmin (kkkkk) e o prefeito de campinas (puxa, minha cidade, o magalhães teixeira. só que o bom lá era o toninho, que mataram..)

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serra pergunta pra plínio... mas a pergunta é contra o governo, não contra plínio.. serra se coloca ao lado de dilme
"ele está a serviço do capital, são governos dos ricos"

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PLÍNIO!!!
EU SOU MAXIMALISTA!
PALMAS, PELA ÚNICA VEZ SINCERAS NO DEBATE!!!!!
Serra arrega, não responde a Plínio: "Eu fui o Ministro da Saúde" !!

Maximalista: bolchevique (*a averiguar* em História do Brasil pelo Método Confuso, de Mendes Fradique)

marina: despede-se melancolicamente.. "deus"...
palmas falsas e exageradas para ela

serra: "eu vim aqui hoje pedir o seu voto". e fala da própria biografia de novo! tudo que ele já foi: "sempre estive no governo em são paulo" (kkkkk)

dilma: "eu queria agradecer vc, o telespectador" todo mundo, e "quero agradecer a deus", e "humildemente pedir o seu voto" (afff)

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plínio
agradece a toda a família!! pela primeira vez nos debates, creio!! (e a única provavelmente sincera)
"é preciso não esconder a verdade, a realidade"
"não tou falando do presente horrível que nós temos (por causa deles 3)" (falando para os jovens)
e fala um pouco da sua biografia talvez pela primeira vez...

PALMAS!! MUITAS PALMAS DE TODOS PARA PLÍNIO!!
Será o vitorioso "moral" do debate...
por isso que ética e política são separadas no brasil?

laerte

contardo calligaris

"Lobby cristão e casamento gay


As igrejas gostariam de uma sociedade em que seja crime tudo o que, para elas, é pecado


EM MAIO PASSADO, durante uma visita ao santuário de Fátima, o papa Bento 16 declarou que o aborto e o casamento entre pessoas do mesmo sexo estão entre os mais "insidiosos e perigosos desafios ao bem comum".
Atualmente, quase todas as igrejas cristãs (curiosamente alinhadas com as posições do papa) negociam seu apoio aos candidatos à presidência cobrando posições contra a descriminalização do aborto e contra o casamento gay.
Em 2000, segundo o censo, havia, no Brasil, 125 milhões de católicos, 26 milhões de evangélicos e 12 milhões de sem religião. É lógico que os principais candidatos inventem jeitos de ficar, quanto mais possível, em cima do muro -tentando satisfazer o lobby cristão, mas sem alienar totalmente as simpatias de laicos, agnósticos e livres pensadores (minoritários, mas bastante presentes entre os formadores de opinião).
Adoraria que as campanhas eleitorais fossem mais corajosas, menos preocupadas em não contrariar quem pensa diferente do candidato. Adoraria também que soubéssemos votar sem exigir que nosso candidato pense exatamente como nós. Mas não é esse meu tema de hoje.
Voltemos à declaração do papa, que junta aborto e casamento gay numa mesma condenação e, claro, tenta pressionar os poderes públicos, mundo afora. Para ele, o que é pecado para a igreja deve ser também crime para o Estado.
No fundo, com poucas exceções, as igrejas almejam um Estado confessional, ou seja, querem que o Estado seja regido por leis conformes às normas da religião que elas professam. De novo, as igrejas gostariam de uma sociedade em que seja crime tudo o que, para elas, é pecado: o sonho escondido de qualquer Roma é Teerã ou a Cabul do Talibã.
Há práticas sexuais que você julga escandalosas? Está difícil reprimir sua própria conduta? Nenhum problema, a polícia dos costumes vigiará para que ninguém se dedique ao sexo oral, ao sexo anal ou a transar com camisinha.
Para se defender contra esse pesadelo (que, ele sim, é um "insidioso e perigoso desafio ao bem comum"), em princípio, o Estado laico evita conceber e promulgar leis só porque elas satisfariam os preceitos de uma confissão qualquer. As leis do Estado laico tentam valer por sua racionalidade própria, sem a ajuda de deus algum e de igreja alguma.
Por exemplo, é proibido roubar e matar, mas essa proibição não é justificada pelo fato de que essas condutas são estigmatizadas nas tábuas dos dez mandamentos bíblicos. Para proibir furtos e assassinatos, não é preciso recorrer a Deus, basta notar que esses atos limitam brutalmente a liberdade do outro (o assaltado ou o assassinado).
Agora, imaginemos que você se oponha ao casamento gay invocando a santidade do matrimônio. Se você acha que o casamento é um sacramento divino que só pode ser selado entre um homem e uma mulher, você tem sorte, pois vive numa democracia laica e sua liberdade é total: você poderá não se casar nunca com uma pessoa do mesmo sexo. Ou seja, você poderá manter quanto quiser a santidade e a sacramentalidade de SEU casamento.
Acha pouca coisa? Pense bem: você poderia ser cidadão de uma teocracia gay, na qual o Estado lhe imporia de casar com alguém do mesmo sexo.
Argumento bizarro? Nem tanto: quem ambiciona impor sua moral privada como legislação pública deveria sempre pensar seriamente na hipótese de a legislação pública ser moldada por uma outra moral privada, diferente da dele.
Parêntese: Se você acha que essa história de casamento gay é sem relevância, visto que a união estável já é permitida etc., leia "Histórias de Amor num País sem Lei. A Homoafetividade Vista pelos Tribunais - Casos Reais", de Sylvia Amaral (editora Scortecci).
PS. Sobre a dobradinha sugerida pela declaração do papa: talvez, para o pontífice, aborto e casamento gay sejam unidos na mesma condenação por serem ambos consequências da fraqueza da carne (que, obstinadamente, quer gozar sem se reproduzir).
Mas, numa perspectiva laica, a questão do aborto e de sua descriminalização não tem como ser resolvida pelas mesmas considerações que acabo de fazer para o casamento gay. Ou seja, não há como dizer: se você for contra, não faça, mas deixe abortar quem for a favor. Vou voltar ao assunto, apresentando alguns dilemas que talvez nos ajudem a pensar." (Folha de SP, 30/10/10)

grandes momentos da igreja

"Homossexualidade leva à pedofilia, diz igreja

Número dois do Vaticano afirma que orientação sexual, e não o celibato, é a causa de abusos contra menores cometidos por padres

O Vaticano lançou uma dupla frente de defesa ontem no escândalo das suspeitas de abusos sexuais de menores por padres, com a divulgação de suas diretrizes internas sobre o tema, nas quais recomenda a denúncia à Justiça civil, e com a declaração de seu número dois, no Chile, de que a pedofilia não tem ligação com o celibato e sim com o homossexualismo.
"Muitos psicólogos e psiquiatras demonstraram que não há relação entre celibato e pedofilia, mas muitos outros demonstraram que há entre homossexualidade e pedofilia", disse o cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado do Vaticano, em entrevista coletiva em Santiago reproduzida por agências de notícias.
"Essa patologia [pedofilia] aparece em todos os tipos de pessoas e, nos padres, em um grau menor em termos percentuais", disse o religioso italiano. "O comportamento dos padres, nesses casos, é negativo, é grave e é escandaloso."
Teólogos reputados como o suíço Hans Küng têm apontado o celibato como uma das razões para exacerbar o problema da pedofilia na igreja.
Desde que um relatório da Igreja Católica na Irlanda, publicado no ano passado, trouxe à tona que cerca de 15 mil crianças sofreram abusos nas mãos de padres e religiosos entre os anos 30 e 90, denúncias e investigações pipocaram pela Europa e voltaram a surgir nos EUA. Uma linha telefônica para denúncias anônimas por vítimas aberta no fim do mês passado na Alemanha -terra natal do papa- recebeu quase 15 mil ligações em uma semana.
Uma das principais acusações ao Vaticano é a omissão dos bispos e de outros superiores na hierarquia católica. Documentos do Vaticano revelados pela imprensa americana indicam que, quando comandava a Congregação para a Doutrina da Fé, o próprio Bento 16, então cardeal Joseph Ratzinger, atuou para abafar ao menos dois casos.
Bertone disse que a igreja nunca freou investigações e que o papa em breve tomará novas iniciativas "surpreendentes" contra os abusos.
Ontem, o Vaticano publicou em seu site suas diretrizes para lidar com o problema. Nelas, a Santa Sé recomenda explicitamente que casos com suspeitas fundamentadas sejam tratados pela Justiça canônica e levados aos tribunais civis.
"A diocese local investiga todas as alegações de abuso sexual de um menor por um clérigo", afirma o texto. "Se a alegação tem traços de verdade, o caso é levado à Congregação para a Doutrina da Fé (...) A lei civil relativa à comunicação de crimes às devidas autoridades deve sempre ser seguida."
Embora as regras sigam uma bula de abril de 2001, o Motu Proprio Sacramentorum sanctitatis tutela, e o Código Canônico de 1983, elas nunca haviam sido levadas a público.
A divulgação é um esforço do Vaticano para mostrar que tem agido contra o problema. Há três semanas, Bento 16 divulgou uma carta aos fiéis da Irlanda em que exortava os culpados a "responder diante de Deus, assim como diante de tribunais devidamente constituídos".
Outro ponto que fora ressaltado no texto do papa e que as diretrizes explicitam mais é a responsabilidade dos bispos.
Segundo as regras recém-divulgadas, "o bispo local sempre retém o poder para proteger as crianças por meio da restrição das atividades de qualquer padre em sua diocese".
"Isso faz parte de sua autoridade ordinária, que ele é incentivado a exercer na medida necessária para assegurar que as crianças não sejam prejudicadas, poder este que pode ser utilizado antes, durante e depois dos procedimentos canônicos", emenda o texto.
De acordo com as denúncias que têm surgido, porém, nem todos os bispos agiram conforme essa regra."
(Folha de SP, 13/04/2010)

terça-feira, 28 de setembro de 2010

grandes momentos da filosofia (freud)

"O material psicanalítico, incompleto como é e não passível de uma interpretação clara, admite, não obstante, uma conjectura – que soa como fantástica – sobre a origem dessa realização humana. É como se o homem primitivo tivesse o hábito, quando entrava em contato com o fogo, de satisfazer um desejo infantil a ele vinculado, extinguindo-o com um jorro de sua urina. As lendas de que dispomos não deixam margem dúvidas quanto à visão originalmente fálica que se tinha das línguas de chama, quando elas se erguem. Extinguir o fogo pela micção – tema a que gigantes modernos, Gulliver em Liliput e o Gargântua de Rabelais, ainda retornam – era, portanto, uma espécie de ato sexual com um indivíduo do sexo masculino, um gozo da potência sexual numa competição homossexual. A primeira pessoa a renunciar a esse desejo e a poupar o fogo pôde conduzi-lo consigo e submetê-lo a seu próprio uso. Apagando o fogo de sua excitação sexual, domara a força do outro fogo. Essa grande conquista cultural foi assim a recompensa de sua renúncia ao instinto. Ademais, é como se a mulher tivesse sido indicada como guardião do fogo que era mantido cativo na lareira doméstica, porque sua anatomia lhe tornava impossível render-se à tentação desse desejo. Notável, também, é a regularidade com que a experiência analítica dá testemunho da conexão existente entre ambição, fogo e erotismo uretral."

(FREUD, Sigmund. O Mal-Estar na Civilização, Parte III, nota 26)